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Coronavírus: Hong Kong fechará fronteiras com a China continental

A chefe do Executivo de Hong Kong Carrie Lam usa máscara diante de surto de coronavírus em coletiva de imprensa - Tyrone Siu/Reuters
A chefe do Executivo de Hong Kong Carrie Lam usa máscara diante de surto de coronavírus em coletiva de imprensa Imagem: Tyrone Siu/Reuters

Do UOL, em São Paulo

28/01/2020 08h12

A chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, disse hoje que o governo vai fechar "temporariamente" algumas de suas fronteiras com a China continental e deixará de emitir as permissões de viagem para turistas chineses do continente num esforço para tentar conter a propagação do coronavírus.

Até agora, a ex-colônia britânica registrou oito casos de vírus. Seis deles foram em pessoas procedentes da China continental de trem.

"Quatro fronteiras terrestres fecharão da meia-noite no horário local da quinta-feira, 30 de janeiro "até novo aviso", disse Lam, segundo a rede de TV americana CNN.

Isso significa que as pessoas não poderão viajar entre Hong Kong e o continente usando as estações West Kowloon, Hung Hom, Sha Tau Kok e Man Kam To. Além disso, duas fronteiras aquáticas também serão fechadas: o terminal marítimo de Tuen Mun e o terminal marítimo da China.

Também haverá uma diminuição de 50% no número de voos da China continental e os serviços ferroviários transfronteiriços e de balsas serão temporariamente interrompidos.

Estádios, praias e museus também serão fechados

As autoridades de Hong Kong também anunciaram que fecharão lugares públicos como estádios, museus e piscinas, para enfrentar a propagação do novo vírus, que já matou 106 pessoas na China.

Todos os espaços de lazer serão fechados a partir de amanhã até novo aviso para evitar "as reuniões de pessoas" , informaram as autoridades, que no sábado decretaram estado de emergência máximo em todo território.

Atualmente fechadas pelas festas do Ano Novo chinês, escolas e universidades permanecerão fechadas até 17 de fevereiro.

Desde segunda-feira, todos os habitantes da província de Hubei, epicentro da epidemia, e todas as pessoas que a visitaram nas últimas duas semanas, estão proibidas de entrar em Hong Kong.

O vírus

A Comissão Nacional de Saúde da China informou hoje que mais 25 pessoas morreram em função de doenças provocadas pelo coronavírus, o que leva a contagem total de mortos do surto para 106. O número de casos confirmados no país chegou a 4.515, após 1.771 novas ocorrências terem sido contabilizadas.

A cidade de Pequim informou ontem a primeira morte provocada pelo coronavírus, um homem de 50 anos que retornara de Wuhan. Outros 50 pacientes foram registrados no resto do mundo e mais de 10 países foram afetados pelo vírus, na Ásia, Austrália, Europa e América do Norte.

Ontem, a Alemanha confirmou o primeiro caso de contágio e se tornou o segundo país afetado na Europa, depois da França.

Muitos países reforçaram a precaução nas fronteiras. A Mongólia fechou a passagem terrestre com a China. A Malásia proibiu a estadia de pessoas procedentes de Hubei. Vários países recomendaram que seus cidadãos evitem viajar para esta província, mas a Alemanha ampliou o conselho para toda a China. O governo dos Estados Unidos fez o mesmo.

* Com informações da AFP

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