Homem que esfaqueou pessoas em Londres já esteve preso por terrorismo
Um homem foi morto pela polícia de Londres após esfaquear pessoas em uma movimentada avenida em Streatham Hill Road, no sul da capital inglesa. Três pessoas foram atingidas e o incidente foi classificado como ataque terrorista, segundo informações da Metropolitan Police.
O responsável pelo ataque, de acordo com a polícia, estava preso por atividades ligadas ao terrorismo e havia sido solto há poucos dias. A polícia estava acompanhando seus passos após a libertação. Ele foi preso em 2018, aos 18 anos, por divulgar material da Al Qaeda e coletar "informações úteis" para promover ataques terroristas, mas foi solto em janeiro após cumprir metade da pena.
Todos os feridos - um homem e duas mulheres - foram levados ao hospital e estão fora de perigo. As mulheres, segundo o jornal The Guardian, tiveram ferimentos leves; o homem, por sua vez, chegou em estado grave, mas foi socorrido a tempo e está estável.
Segundo testemunhas disseram ao Guardian e à Sky News, o autor do ataque usava um "colete suicida falso". Para a polícia, a motivação do agressor foi religiosa e "relacionada ao Islamismo".
De acordo com a BBC, o incidente teria ocorrido às 14h (horário local, 11h no Brasil). O serviço de emergência afirmou ter recebido várias chamadas para a região para socorrer as vítimas.
A região é muito movimentada aos domingos porque abriga vários mercados, cafés e lojas. Relatos sugerem que o homem entrou em uma das lojas e começou a esfaquear pessoas. Depois que saiu, ainda esfaqueou uma mulher na rua.
A Sky News mostrou imagens feitas por câmeras de segurança que registraram a movimentação dos policiais antes de abordarem o suspeito, que morreu após ser atingido por tiros.
Karker Tahir, trabalhava em sua barbearia na hora do ocorrido. Ele estava a 50 metros de distância do local do crime e contou à Sky News que viu um homem usando um colete correndo e sendo perseguido por policiais.
"Os policiais gritavam 'pare, pare'. Então eles atiraram mais de duas ou três vezes. Era uma hora muito movimentada para todos e esse ataque foi chocante e inesperado", disse.
Gulled Bulhan, um estudante de 19 anos, disse à agência de notícias Associated Press que testemunhou o tiroteio em frente a uma loja da Boots. "Eu estava atravessando a rua quando vi um homem com um facão e cartuchos de prata no peito sendo perseguido pelo que imagino que era um policial disfarçado, porque ele estava em roupas de civis", contou.
Nardos Mulugeta, morador da região, relatou à agência que uma mulher pediu ajuda na rua dizendo ter sido esfaqueada nas costas. "Fui até lá e vi a primeira vítima, um homem no chão, perto do White Lion Pub, e as pessoas estavam ajudando. Então, cinco minutos depois, uma mulher veio e disse 'eu também fui esfaqueada nas costas'. E então as pessoas começaram a ajudá-la", disse.
A Met Police ainda fez um apelo para que as pessoas "usem o bom senso" quando forem compartilhar fotos e vídeos na internet do ocorrido a fim de evitar a exposição das vítimas e dos oficiais envolvidos.
Uma investigação será realizada pelo Escritório Independente de Conduta Policial (IOPC), conforme exigido por lei quando a polícia usa armas letais.
Comunicado da Cruz Vermelha
Em nota, a Cruz Vermelha britânica lamentou o ataque e disse estar pronta para disponibilizar os recursos do UK Solidarity Fund para aqueles afetados pelo ocorrido.
Leia na íntegra, em português, o comunicado emitido pelo órgão:
"Prestamos nossas condolências àqueles afetados pelo incidente desta tarde em Streatham. Estamos em contato direto com as autoridades responsáveis por apurar o caso e monitorando de perto a situação.
Estamos prontos para disponibilizar o UK Solidarity Fund àqueles afetados pelo ataque.
O fundo foi criado em 2017 após os ataques em Manchester e Londres e oferece auxílio financeiro às vítimas de ataques terroristas em qualquer lugar do Reino Unido."
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