Covid-19: Itália decreta quarentena no país todo e limita entradas e saídas
A Itália ampliou o estado de quarentena para todo o país, restringindo a entrada e a saída de pessoas durante o surto do novo coronavírus. A informação foi anunciada hoje pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte, em entrevista coletiva no Palazzo Chigi, sede do governo. O país é o que mais sofre com o surto de covid-19 na Europa, com 463 mortos e 9.172 infectados. As medidas haviam sido adotadas no final de semana na Lombardia e em outras 14 províncias italianas e agora se estende por toda a península itálica.
"O contágio está crescendo. Adotaremos regras ainda mais fortes e rigorosas. Os hábitos precisam mudar agora pelo bem da Itália", anunciou Conte, pedindo para que os cidadãos italianos fiquem em casa. "Será possível se mover apenas por necessidade de trabalho, motivos graves ou por comprovadas razões de saúde", acrescentou.
Conte assinará decreto que será publicado ainda hoje no Diário Oficial local. A medida entra em vigor amanhã e valerá provisoriamente até 3 de abril, podendo ser prorrogada. Cidadãos que tenham que ir de uma cidade a outra precisarão de autorização mediante apresentação de uma carta escrita de próprio punho, explicando os motivos do deslocamento.
A restrição inclui também reuniões públicas e atividades em escolas, universidades e instalações esportivas. "O campeonato de futebol também será interrompido", avisou Giuseppe Conte.
A partir de amanhã, todos os bares e restaurantes da Itália deverão fechar depois das 18h. Enquanto estiverem abertos, deverão respeitar a obrigatoriedade de distância de um metro entre os clientes, ou as atividades serão suspensas. Pubs, discotecas e bingos devem ficar fechados. Está proibida, ainda, a realização de missas, casamentos e funerais.
A possibilidade já havia sido antecipada por Francesco Boccia, ministro de Assuntos Regionais e Autônomos. Em entrevista coletiva hoje, Boccia havia anunciado planos de "homogeneização progressiva das regras em todo o território nacional". Vetos semelhantes já vinham sendo aplicados nas localidades do norte do país.
Hoje, o primeiro-ministro anunciou que "não há tempo" para combater o avanço do vírus no país. "Todos devem abrir mão de algo para proteger a saúde dos cidadãos. Hoje é o momento de responsabilidade. Não podemos baixar a guarda", argumentou Conte.
Segundo o premiê italiano, há crescimento importante das infecções e das pessoas mortas. De acordo com novo balanço, 463 pessoas morreram e mais de 9 mil estão infectados. As medidas fazem parte do decreto assinado pelo político no último fim de semana.
* Com informações da ANSA
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