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Esquema de 'sexo por aluguel' durante pandemia liga alerta nos EUA

Policiais usam máscara de proteção contra coronavírus enquanto trabalham em Nova York, nos Estados Unidos - Getty Images
Policiais usam máscara de proteção contra coronavírus enquanto trabalham em Nova York, nos Estados Unidos Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

24/04/2020 12h57

Advogados dos Estados Unidos foram orientados a "desviar todos os recursos necessários" para investigar esquemas de "sexo por aluguel" após um aumento "historicamente sem precedentes" no tráfico sexual desde o início do isolamento social no país, causado pela pandemia do novo coronavírus. As informações são do jornal britânico The Independent.

Responsável pelo documento enviado aos advogados, o procurador-geral William Bar pediu prioridade para casos em que os proprietários de imóveis são acusados de oferecer acordos de moradia em troca de favores sexuais.

"Esse comportamento é desprezível e ilegal", escreveu Barr. "Esse comportamento não é tolerado em tempos normais e certamente não será tolerado agora", completou.

O Departamento de Justiça norte-americano começou a investigar o fenômeno após relatos de aumento de assédio sexual a agências estaduais.

Ainda no documento, Barr disse que as medidas drásticas para retardar a disseminação da covid-19 resultaram no desemprego de parte da população, além da redução salarial. "Essas perdas forçaram muitos a buscar abatimentos ou suspensões de seus aluguéis, com relatos de que quase um terço dos americanos não conseguiu pagar o aluguel de abril no início do mês", explicou.

Segundo a última atualização da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos têm 870.468 casos confirmados da covid-19. Ao todo, foram 50.066 mortes causadas pelo novo coronavírus no país.