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Trump anuncia rompimento dos EUA com a OMS por atuação durante pandemia

29/05/2020 - O presidente dos EUA, Donald Trump, em entrevista coletiva concedida na Casa Branca para tratar do rompimento com a OMS - Win McNamee/Getty Images/AFP
29/05/2020 - O presidente dos EUA, Donald Trump, em entrevista coletiva concedida na Casa Branca para tratar do rompimento com a OMS Imagem: Win McNamee/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

29/05/2020 16h09

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje que o país rompeu com a OMS (Organização Mundial da Saúde). O mandatário norte-americano fez várias críticas à forma como o órgão vem lidando com a pandemia de covid-19 e também atacou a maneira como a entidade lidou com o papel da China na questão do vírus.

"Nós detalhamos as mudanças que deveriam ser realizadas, e com as quais nos comprometemos diretamente a cumprir junto a eles, mas eles (OMS) se recusaram a fazer. E porque eles não cumpriram com as ótimas e necessárias reformas pedidas, nós hoje vamos encerrar nossa relação com a Organização Mundial de Saúde e redirecionar nossos investimentos para outras ações globais que sejam urgentes e necessárias na área da saúde. O mundo precisa de respostas a respeito da China sobre o vírus. Precisamos de transparência", declarou Trump.

Para o presidente americano, a OMS teria sofrido pressão dos chineses para dar direcionamentos equivocados a respeito do novo coronavírus. O país foi o primeiro epicentro da doença de que se teve registro. "O mundo sofre agora com o resultado dos malefícios do governo chinês", declarou ele.

A decisão ocorre em meio a embates entre Trump e a OMS a respeito do vírus. O mandatário acusa frequentemente a entidade de não ter dado alertas certeiros sobre os perigos do vírus. Mês passado, os EUA já haviam suspendido o envio de verbas direcionadas à OMS. Os valores, segundo o presidente, passavam de 58 milhões de dólares e correspondiam à maioria do montante recebido pela organização.

Na última semana, Trump ameaçou retirar o país da OMS se não houvesse uma "reforma profunda" dentro da entidade. Em carta enviada ao diretor-geral da entidade, Thedros Adhanom Ghebreyesus, ele acusou novamente a OMS de ter ignorado "de forma consistente" alertas sobre a existência do vírus na província de Wuhan, na China, durante o mês de dezembro.