Beirute enfrenta escuridão e protestos dois dias após explosões; veja fotos
A noite de hoje em Beirute, no Líbano, foi marcada por protestos da população contra o governo local. A capital segue na escuridão após a grande explosão de terça-feira (4), que deixou pelo menos 135 mortos e 5 mil feridos.
A população enfrenta uma crise econômica no país e o descontentamento com o presidente Michel Aoun. Além da explosão, o Líbano registrou recorde de casos do novo coronavírus. A informação foi divulgada pelo site da rede de televisão Al Jazeera.
Entre ontem e hoje, 255 novos casos da covid-19 foram diagnosticados em todo o país, maior número em 24 horas desde o início da pandemia. Duas mortes também foram registradas ontem.
Hoje, autoridades libanesas prenderam sob custódia 16 pessoas, na investigação sobre a explosão no porto de Beirute.
O promotor militar Fadi Akiki apontou, em comunicado, que mais de 18 autoridades portuárias e aduaneiras foram questionadas por negligência na manutenção do armazém, além de indivíduos que trabalhavam na região.
Protestos
Pouco mais de 48 horas após o incidente, a cidade é palco de manifestações, especialmente na região próxima ao Parlamento do país.
As forças de segurança libanesas usaram gás lacrimogêneo para dispersar dezenas de manifestantes, que, por sua vez, destruíram lojas e jogaram pedras na polícia, segundo informações da AFP. A polícia reagiu e vários manifestantes ficaram feridos, de acordo com a agência.
Vídeos mostram o exército libanês bloqueando avenidas para impedir a passagem de manifestantes. É possível ver focos de incêndio, muita fumaça e soldados ocupando as ruas.
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