Nova Zelândia vê frete refrigerado como origem de novos casos de covid-19
As autoridades da Nova Zelândia já têm uma suspeita principal sobre a origem dos quatro novos casos internos de covid-19 anunciados ontem, que provocaram hoje o início de um período de lockdown em Auckland, maior cidade do país. A hipótese mais provável é de que o vírus tenha sido importado por meio de atividades de frete refrigerado.
O novo surto confundiu o governo neozelandês, que vinha obtendo sucesso no objetivo de zerar a contaminação interna. O país chegou a ficar 102 dias sem um novo caso interno. Neste período, 22 pessoas chegaram a ter um diagnóstico positivo de infecção pelo coronavírus, mas todas voltavam de viagem e ficaram em quarentena no retorno à Nova Zelândia.
"Estamos trabalhando duro para juntar as peças desse quebra-cabeça de como essa família foi contaminada", disse ontem Ashley Bloomfield, diretor-geral de Saúde neozelandês, em referência ao fato de os quatro infectados serem da mesma família.
Uma das pessoas contaminadas trabalha em uma das unidades neozelandesas da empresa norte-americana Americold, especialista em armazenamento refrigerado. A suspeita é de que o vírus tenha chegado à base da empresa em Auckland vindo de outro país, já que o novo coronavírus permanece mais tempo ativo em ambientes refrigerados.
"Sabemos que o vírus pode sobreviver em ambiente refrigerados por algum tempo", explicou Bloomfield. A autoridade de saúde neozelandesa acrescentou que testes de superfície estão sendo feitos na unidade da Americold em Auckland.
Segundo o jornal local NZ Herald, o diretor-executivo da empresa na Nova Zelândia, Richard Winnall, disse que o funcionário contaminado ficou de licença médica por vários dias e outros empregados foram afastados para serem testados.
A contaminação em ambientes refrigerados tem sido algo recorrente durante a pandemia do novo coronavírus no mundo. Frigoríficos, por exemplo, acumulam novos surtos de covid-19, e a China, onde a epidemia teve início, já reportou por várias vezes nas últimas semanas a detecção do vírus em embalagens importadas de frutos do mar congelados.
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