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Diretor se coloca contra abertura de escolas nos EUA após se curar da covid

Jackson e sua esposa também contraíram o vírus e passaram 13 dias "incapacitados" em julho - Handout .
Jackson e sua esposa também contraíram o vírus e passaram 13 dias "incapacitados" em julho Imagem: Handout .

Do UOL, em São Paulo

17/08/2020 15h26

Embora a Flórida tenha ordenado a volta às aulas presenciais no estado, o diretor de uma escola que teve covid-19 e se curou da doença está se colocando contra a determinação e tenta convencer pais a manter os filhos em casa, estudando de forma remota.

Jimbo Jackson, diretor da escola Fort Braden, na cidade de Tallahassee, falou à emissora norte-americana CNN sobre a preocupação com a saúde dos funcionários e também com as famílias dos alunos.

"Nossa maior preocupação é a segurança da equipe, dos alunos e das famílias conectadas à escola. Com o recente mandato estadual de retornar à aprendizagem presencial e física, temos preocupações extremas", disse.

Dois funcionários da escola e o parente de um deles morreram em decorrência do novo coronavírus nos últimos meses, contou Jackson.

"Não somos apenas mais um número, uma estatística", disse.

Jackson e sua esposa também contraíram o vírus em julho, o que o tornou mais consciente de seu papel enquanto diretor.

"Como diretor de escola e responsável por todas essas pessoas, prevendo que quase 450 crianças e membros da equipe retornariam ao nosso campus em 31 de agosto, temos uma grande preocupação com a segurança deles. A última coisa que eu quero é ter outro funcionário ou, pior ainda, um filho que fique gravemente doente ou se torne um caso fatal de covid-19".

Ele continuou: "Ficar bastante incapacitado por cerca de 13 dias me deu mais compreensão sobre o perigo de retomar a rotina, além de assistir aos funerais e cerimônias fúnebres com as famílias dessas três pessoas que morreram e nos eram muito queridas".