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"Trump está do lado da lei", diz chefe de gabinete da Casa Branca

Em entrevista à NBC, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, defendeu a atuação de Donald Trump em relação aos protestos antirracismo - Reprodução/NBC
Em entrevista à NBC, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, defendeu a atuação de Donald Trump em relação aos protestos antirracismo Imagem: Reprodução/NBC

Do UOL, em São Paulo

30/08/2020 15h10

Após uma semana em que protestos contra a violência policial contra negros se intensificaram nos EUA, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse neste domingo (30), que o presidente Donald Trump está "do lado das forças policiais e do estado de direito".

Em entrevista ao programa Meet The Press, da NBC, Meadows afirmou que Trump pediu a abertura de uma investigação sobre o caso Jacob Blake, um homem de Wisconsin baleado sete vezes pelas costas pela polícia de Kenosha na semana passada, alegando "que é por isso que temos leis e é por isso que temos um sistema de Justiça".

Perguntado repetidamente se Trump tentaria diminuir a escala de tensão entre seus apoiadores, alguns deles acusados de provocar violência por parte dos manifestantes, Meadows respondeu que o presidente apoia as forças policiais e que o governo federal deseja ajudar aos estados que busquem controlar as manifestações.

Presidente ao lado da polícia

"O presidente está ao lado da polícia e do estado de direito e ele está muito firme em relação a isso", disse o chefe de gabinete da Casa Branca.

"O presidente acredita que o que precisamos é garantir que os temos exatamente os recursos disponíveis para cada cidade. E, governadores, se vocês estão com algum problema, nós queremos garantir que vamos ajudá-los", disse.

Provocações na convenção Republicana

Usando como exemplo os protestos recentes durante o discurso de Trump na convenção republicana em Washington, Meadows disse que "a maioria das manifestações que aconteceram no local foram pacíficas e que certamente não houve nada condenável", mas ele separou este grupo de manifestantes daqueles que saíram do protesto principal e provocaram os militantes que saíam do centro de convenções onde Trump fez seu discurso na noite de quinta-feira.

Portland e outras cidades pelos EUA têm visto mais protestos depois que um policial de Kenosha (Wisconsin) baleou sete vezes Jacob Blake pelas costas diante dos filhos da vítima.

O caso levou a uma manifestação e ao confronto entre apoiadores de Trump e manifestantes contra a violência policial e ao racismo.

Três mortos em protestos

Três pessoas morreram em confrontos em militantes de extrema-direita apoiadores de Trump e militantes do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e militantes antifascistas.

No dia 26, em Kenosha, Kyle Rittenhouse, militante de direita, matou dois homens com um rifle de assalto. Rittenhouse saiu de Illinois para apoiar policiais de Kenosha na repressão aos manifestantes contra a tentativa de assassinato de Blake.

Ontem à noite (29), em Portland (Oregon), um militante de um grupo de extrema-direita foi morto na cidade, que teve uma série de discussões e prisões em virtude de provocações entre ambos os lados.