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Campanha de Biden rebate declarações de Trump: ultrajante e sem precedentes

Joe Biden, candidato democrata à presidência dos EUA; defesa diz estar pronta para agir caso Trump leve eleições para a Justiça - Drew Angerer/Getty Images
Joe Biden, candidato democrata à presidência dos EUA; defesa diz estar pronta para agir caso Trump leve eleições para a Justiça Imagem: Drew Angerer/Getty Images

Do UOL, em São Paulo*

04/11/2020 06h54

A campanha do candidato democrata Joe Biden afirmou que as declarações do presidente Donald Trump, que pediu a interrupção da contagem dos votos e se declarou vencedor das eleições americanas sem o anúncio de todos os resultados, são "ultrajantes e sem precedentes".

"A declaração desta noite do presidente sobre tentar deter a contagem dos votos devidamente emitidos é ultrajante, sem precedentes e é incorreta", declarou em um comunicado a diretora de campanha de Biden, Jen O'Malley Dillon.

Ela ainda advertiu que a equipe legal do candidato está "pronta para agir" se Trump tentar interromper a apuração dos votos.

"Se o presidente cumprir sua ameaça de ir ao tribunal para tentar impedir a tabulação apropriada dos votos, nós temos equipes jurídicas de prontidão e preparadas para serem enviadas e resistirem a esses esforços", disse Jen O'Maley Dillon.

Mais cedo, em um pronunciamento na Casa Branca, Trump afirmou que irá recorrer à Suprema Corte para interromper a contagem de votos. "Não queremos que encontrem votos às 4 horas da manhã para acrescentar à lista", afirmou, referindo-se aos votos enviados pelo correio.

Trump também criticou a demora na apuração dos votos. "De repente, tudo parou. Isso é uma fraude que está sendo imposta ao povo americano. Francamente nós vencemos essa eleição", disse o presidente norte-americano.

Até as 4h desta quarta-feira (horário de Brasília), Biden somava 224 no Colégio Eleitoral dos Estados Unidos contra 213 de Trump, segundo projeções feitas pelo jornal New York Times. São necessários 270 delegados para ganhar a eleição.

*Com informações da AFP e Reuters

Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as agências de notícias e veículos de comunicação como AFP, AP e Fox fazem extrapolações estatísticas e apontam os vencedores por estado. A AFP chegou a considerar definida a apuração do Arizona — e Joe Biden somava mais 11 votos até a manhã desta quinta-feira (5). A contagem de votos continua no estado.