Simpatizantes de Biden vão até a Casa Branca esperar resultado das eleições

Simpatizantes do democrata Joe Biden foram até a Praça Vidas Negras Importam, que fica perto da Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, para esperar o resultado das eleições, na noite de terça-feira (3). Ele disputa a Presidência do país com o republicano Donald Trump, que tenta a reeleição.

Após o fechamento das urnas, por volta das 20h, grupos de jovens negros e simpatizantes do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) se reuniram para acompanhar a contagem dos votos.

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Entre eles, estava Lina Hass e suas amigas. Lina, que mora em Washington DC, disse que votou no segundo dia de votação antecipada —não enfrentou longas filas e esperou pouco para emitir seu voto, cerca de 15 minutos. "Tudo que o país não precisa são outros quatro anos de Donald Trump", afirmou, completando que não acredita que exista um candidato perfeito.

Breona Janice, amiga de Lina, votou nesta terça e disse que gastou apenas cinco minutos para emitir seu voto. Assim como suas amigas, afirmou que não gosta de Donald Trump e que o país não precisa de outros quatro anos com ele na Presidência.

Elas disseram que foram até o local porque a praça em frente da Casa Branca foi batizada de Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e elas defendem o movimento.

Um imitador de Donald Trump contou que foi até lá para divertir as pessoas, depois de tantos meses de "depressão" causada pela pandemia do novo coronavírus. "Eu não gosto nem do Trump, nem do Biden", diz ele, que conta ter votado no candidato democrata apesar de todos seus defeitos, manifestando um voto contrário ao personagem que ele mesmo encarna.

Tyler Paulson estava mais desanimado. Ele foi até a praça com sua bicicleta e estava acompanhando a projeção da contagem de votos nas paredes das lojas da região. "Acho que vai ser uma noite longa e não acho que tenhamos os resultados hoje", previa. Para ele, as eleições estão "bagunçadas". "É preciso ter paciência."

A sede do governo tinha a proteção de grades, para evitar a aproximação de manifestantes.

Na cidade, lojas colocaram tapumes, com medo de quebra-quebra.

Apesar da tensão esperada para a noite das eleições, o clima era de tranquilidade quando a reportagem do UOL esteve por lá.

Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as agências de notícias AFP, AP e Fox fazem extrapolações estatísticas e apontam os vencedores por estado. Isso pode gerar distorções momentâneas na aferição dos votos, mas não compromete o resultado final da eleição.