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Bannon, ex-assessor de Trump, é banido do Twitter por incitar violência

Twitter baniu uma conta usada por Steve Bannon, ex-assessor de Trump - Reuters
Twitter baniu uma conta usada por Steve Bannon, ex-assessor de Trump Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/11/2020 11h43Atualizada em 06/11/2020 12h52

O Twitter baniu uma conta usada por Steve Bannon, ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após ele sugerir, em seu podcast, que Anthony Fauci, principal autoridade em doenças infecciosas do país, e Christopher Wray, diretor do FBI, deveriam ser decapitados.

Um porta-voz da rede social confirmou à CBS News que "a conta @WarRoomPandemic foi permanentemente suspensa por violar as regras do Twitter, especificamente nossa política sobre a glorificação da violência."

O mesmo vídeo ficou no Facebook por cerca de 10 horas antes de também ser removido, segundo o jornal britânico The Guardian.

No podcast, Bannon disse que um segundo mandato de Trump, que disputa a reeleição contra o democrata Joe Biden, "começa com a demissão de Wray e de Fauci".

"Agora, na verdade, quero dar um passo adiante, mas sei que o presidente é um homem de bom coração e bom. Na verdade, gostaria de voltar aos velhos tempos da Inglaterra Tudor. Eu colocaria as cabeças em piques. Eu as colocaria nos dois cantos da Casa Branca como um aviso aos burocratas federais: 'Ou você segue o programa ou está fora - hora de parar de jogar'", disse ele.

Fauci, 79, é reconhecido mundialmente por seu trabalho como diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID).

Ao longo da pandemia do novo coronavírus, ele foi criticado diversas vezes pelo presidente, que chegou a chamá-lo de "desastre" e "idiota". Em vários momentos, o cientista esclareceu ou corrigiu os comentários públicos de Trump sobre o desenvolvimento de tratamentos e vacinas para a covid-19. Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia.

Bannon foi preso acusado de fraude

Em agosto, Bannon foi preso sob a acusação de desviar centenas de milhares de dólares em doações a uma campanha para construir o muro na fronteira com o México.

Ele foi solto após seus advogados fecharem um acordo para libertá-lo em troca de uma fiança de US$ 5 milhões.

Uma juíza dos Estados Unidos marcou para maio de 2021 o julgamento dele e três outros acusados.

Bannon é considerado um dos maiores gurus da direita atual - inclusive tendo prestado consultoria informal ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e apoiado a campanha presidencial de Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018.