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Doador processa grupo pró-Trump que não comprovou fraude em eleição

Manifestação pró-Trump em Harrisburg, na Pensilvânia; não há indícios de fraude na eleição dos Estados Unidos - Spencer Platt/Getty Images via AFP
Manifestação pró-Trump em Harrisburg, na Pensilvânia; não há indícios de fraude na eleição dos Estados Unidos Imagem: Spencer Platt/Getty Images via AFP

Do UOL, em São Paulo

27/11/2020 09h30

Um doador está processando um grupo pró-Trump que prometeu investigar e provar uma suposta fraude na eleição presidencial americana, vencida pelo democrata Joe Biden. A informação é da emissora Bloomberg.

Fred Eshelman, um gerente financeiro que é fundador da Eshelman Ventures LLC, quer receber de volta os US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 13,5 milhões) que doou para a organização True the Vote Inc. Ele alega que até o momento o grupo não forneceu as informações sobre o progresso sas investigações.

Segundo a Bloomberg, Fred Eshelman diz no processo que pediu atualizações sobre o projeto de forma "regular e repetida", mas seus "pedidos foram consistentemente atendidos com respostas vagas, banalidades e promessas vazias".

Joe Biden venceu a eleição com 306 dos votos do Colégio Eleitoral -mais que os 270 necessários para garantir a vitória -, contra 232 do republicano Donald Trump, e a reunião do Colégio Eleitoral está marcada para o dia 14 de dezembro para formalizar o resultado. Biden também lidera Trump por mais de 6 milhões de votos na contagem de votos populares.

Trump até agora se recusou a reconhecer completamente sua derrota, alegando eventuais fraudes no processo de votação. Nenhum indício foi apresentado até o momento, embora diversos grupos pró-Trump tenham prometido liderar investigações que provariam as reclamações.

A True the Vote, por exemplo, chegou a abrir quatro processos, mas retirou todos eles. Em seu site, o grupo informou no dia 17 de novembro que tomou a decisão porque "as barreiras para avançar nos argumentos, juntamente às limitações de tempo, tornaram necessário um caminho diferente".

Ainda segunda a Bloomberg, o grupo ofereceu um acordo de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões), mas Fred Eshelman manteve o processo exigindo o reembolso total da doação.