Casal é condenado por usar filho em roubo de relógio avaliado em R$ 463 mil
Ilie Para e Marta Para-Bloj, ambos de 33 anos, foram condenados à prisão depois de roubar, em setembro, um relógio avaliado em mais de 67 mil libras esterlinas (cerca de R$ 463 mil) e colocar uma réplica — que estava escondida no capuz do filho deles — no lugar do original. O relógio era da marca Audemars Piguet no modelo Royal Oak Offshore com ouro rosé de 18 quilates.
Inicialmente, dias antes do roubo, ambos foram até a loja Harrods e tiraram fotos de vários relógios, segundo o site Daily Mail. Depois eles voltaram com uma réplica à peça que queriam, escondida no capuz do filho de 6 anos. Na loja, ambos pediram para experimentar alguns relógios para escolher um presente para o pai de Marta.
Entre as opções que o casal experimentou estava o modelo Royal Oak que eles informaram para a vendedora que gostariam de comprar. Em seguida, a funcionária foi guardar os outros relógios que o casal viu e, neste momento, a dupla trocou o original pela réplica.
Depois que a vendedora guardou os outros relógios o casal teria afirmado que precisava de algum tempo para pensar sobre a compra e ficaram nervosos quando a funcionária pediu detalhes do contato deles. No dia seguinte, um outro funcionário da loja percebeu que um dos relógios estava com o mostrador diferente e faltava o número de série.
A polícia foi chamada para atender a ocorrência e deu início as buscas pelo relógio e os suspeitos. O casal foi detido dias depois no Porto de Dover, na Inglaterra, quando tentavam voltar para a Romênia, junto com o relógio roubado dias antes.
Segundo o site The Sun, no julgamento, o juiz Michael Grieve disse que o casal preparou o filho para desempenhar um papel essencial no roubo.
"Vocês participaram do que foi apropriadamente descrito como um plano sofisticado, bem planejado e audacioso para roubar um relógio caro usando seu filho de seis anos como peça chave em sua execução."
O policial Andy Goodchild, responsável pela investigação do caso, disse que o casal entrou no Reino Unido com a intenção de roubar.
"Eles planejaram meticulosamente o roubo, fizeram o reconhecimento e obtiveram uma réplica do item que queria levar. Talvez ainda pior, eles usaram uma criança para realizar o seu complô."
O promotor Dominic Hockley explicou no julgamento que o casal esteve na loja Harrods dias antes do roubo com uma "missão de reconhecimento" para fotografar vários relógios.
"Quando encontraram o relógio no qual estavam interessados, tiraram fotos, sem dúvida com a intenção de obter uma réplica realista. Dizemos que isso mostrou planejamento e sofisticação."
No julgamento, o casal confessou o roubo. Iolana Nedelcu, advogada de defesa do casal, afirmou que Marta estava grávida quando foi presa em setembro e "sofreu tremendamente" após sofrer um aborto dentro da prisão.
"No momento, ele [filho do casal] voltou para a Romênia e está sob os cuidados da filha de 18 anos [do casal]. Ela está no último ano da escola e deve fazer os exames para a universidade, está muito ocupada e despreparada para cuidar de uma criança. Eu entendo que o filho está particularmente angustiado e sente falta dos pais também. Ele nunca esteve sob os cuidados de ninguém, exceto sua mãe e seu pai", proclamou a advogada.
A defesa ainda tentou argumentar de que Ilie cometeu o roubo para conseguir dinheiro porque o avô dele, que morreu recentemente, precisava fazer uma cirurgia na Romênia na ocasião do crime.
Apesar dos argumentos, o juiz não achou as justificativas válidas e decidiu condenar o casal. O homem foi condenado a 18 meses de prisão e Marta pegou oito meses de condenação pelo roubo do artigo de luxo.
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