Covid-19: Boris Johnson endurece restrições e restringe circulação no Natal
Em combate à disseminação do coronavírus, governo britânico aumentou as restrições de circulação para as regiões do sudeste da Inglaterra, incluindo Londres, a partir de amanhã, anunciou neste sábado (19) o primeiro-ministro Boris Johnson. As novas regras assemelham-se a um lockdown e foram adotadas para tentar conter a onda de contaminações atribuída a uma nova cepa do coronavírus.
Quem mora em Londres e nas cidades do sudeste do país entrará no regime mais duro de confinamento. Com as medidas, todos os serviços não essenciais, academias e salões de beleza deverão ficar fechados. Além disso, os moradores das áreas afetadas deverão ficar em casa, inclusive no Natal. Todos os deslocamentos fora desta zona, dentro ou fora do território nacional, estarão proibidos.
"Precisamos rever o Natal", disse o primeiro-ministro, que lamentou não conseguir continuar o relaxamento das regras de quarentena conforme o planejado.
De acordo com o governo britânico, há uma nova variante do coronavírus em circulação na Inglaterra que, embora não seja mais letal, é pelo menos 70% mais transmissível do que a anterior. O Reino Unido informou a OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a propagação mais rápida da nova cepa — outras mutações do coronavírus foram detectadas em outras partes do mundo.
Boris Johnson afirmou que, quando o vírus muda sua estratégia de ataque, o país precisa melhorar sua defesa e que não teve outra alternativa a não ser endurecer as restrições. "O Natal deste ano vai ser diferente, muito diferente, mas precisamos ser realistas", disse.
Quem não mora no sudeste do país também sofrerá com restrições para o período de festas: o governo permitirá que até três famílias se reúnam, mas apenas no dia do Natal.
"Sacrifiquem uma oportunidade de ver seus entes queridos neste Natal para protegê-los melhor e assim poder vê-los nas próximas festas de Natal"
Boris Johnson, primeiro-ministro britânico
Alta preocupante de casos e hospitalizações
O Reino Unido vivenciou neste mês um aumento de casos e hospitalizações. Na sexta-feira, o governo registrou 28.507 novos contágios e nesta semana os casos aumentaram em 40,9% em relação à semana anterior.
Atualmente, cerca de 38 milhões de pessoas na Inglaterra, ou seja, 68% da população, vivem em zonas de alerta "muito elevado" para o coronavírus. Trata-se do grau mais alto da escala, que implica em medidas como fechamento de bares, restaurantes e museus, além de proibição de reuniões entre diferentes famílias.
Com mais de 67.000 mortes, o Reino Unido é, junto com a Itália, o país mais castigado pela pandemia na Europa. Neste sábado, superou os 2 milhões de casos.
Antes da Inglaterra, o País de Gales e a Irlanda do Norte decidiram o reconfinamento depois do Natal. No Reino Unido, cada província define sua própria estratégia para enfrentar a crise sanitária.
A Inglaterra foi o primeiro país europeu a lançar uma campanha nacional de vacinação contra o coronavírus, em 8 de dezembro. Até quarta-feira (16), quase 140 mil pessoas já tinham sido imunizadas no país, segundo o ministro responsável pela campanha.
Após ter aprovado a vacina da Pfizer-BioNTech, a Agência Britânica de Medicamento (MHRA) deverá aprovar, no dia 28 ou 29 de dezembro, uma segunda vacina, desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca com a Universidade de Oxford, segundo o jornal The Telegraph. Esses imunizantes deverão funcionar com as novas cepas do coronavírus, disse hoje o o principal assessor científico do governo britânico, Patrick Vallance.
*Com informações das agências internacionais
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