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Alemanha ampliará lockdown até 31 de janeiro para conter avanço da covid-19

"Cidadãos precisam restringir o contato ao mínimo absoluto", pediu a primeira-ministra Angela Merkel - Michael Kappeler/Pool/AFP
"Cidadãos precisam restringir o contato ao mínimo absoluto", pediu a primeira-ministra Angela Merkel Imagem: Michael Kappeler/Pool/AFP

Do UOL, em São Paulo

05/01/2021 16h48Atualizada em 05/01/2021 16h54

O governo da Alemanha anunciou hoje que vai prorrogar o confinamento total (lockdown) no país até o próximo dia 31 de janeiro, fechando inclusive as escolas, segundo informou a imprensa local. A decisão foi tomada após reunião entre a primeira-ministra Angela Merkel e as autoridades dos 16 estados-regiões.

"Precisamos restringir o contato de forma mais rigorosa. Pedimos a todos os cidadãos que restrinjam o contato ao mínimo absoluto", disse Merkel após o encontro.

Segundo os jornais alemães — Bild, Welt e Tagespiegel —, as regras incluem uma limitação de viagens dentro de 15 quilômetros nas áreas classificadas como vermelha, que apresentam alta incidência de transmissão do vírus (mais de 200 novos casos por 10 mil habitantes em 7 dias).

Além disso, estabelecimentos comerciais, com exceção dos supermercados e farmácias, bares, restaurantes e centros culturais serão fechados nas próximas semanas, assim como creches e escolas.

O governo também recomenda a todos os cidadãos que trabalhem home office. As regras rígidas tentam conter a alta dos casos de covid-19 no país, que tem sobrecarregado hospitais e profissionais de saúde.

Atualmente, a Alemanha vive em um confinamento parcial, que prevê o fechamento de escolas, comércios não essenciais e restrições de viagens e contatos sociais. Essas medidas devem ficar em vigor até o próximo dia 10 de janeiro.

Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, o país europeu contabiliza 1.810.116 casos da doença e 35.972 mortes desde o início da pandemia. Além de um lockdown, Merkel aposta em uma campanha de imunização para evitar a propagação da covid-19.

Lockdown no Reino Unido

Boris Johnson - Divulgação/10 Downing Street via Getty Images - Divulgação/10 Downing Street via Getty Images
Imagem: Divulgação/10 Downing Street via Getty Images

O anúncio da prorrogação do lockdown na Alemanha acontece no mesmo dia em que entra em vigor um confinamento mais rígido no Reino Unido, preocupado com o avanço das infecções por uma nova variante do coronavírus, ainda mais contagiosa que a anterior. O país também fechou as escolas — mas para a maioria dos alunos — e aconselhou as pessoas a trabalhar em casa, quando possível.

Nas redes sociais, o primeiro-ministro Boris Johnson pediu à população que fique em casa para, assim, proteger o NHS (Sistema Nacional de Saúde, na sigla em inglês), o SUS britânico, e salvar vidas. Este lema já havia sido utilizado por Johnson durante o lockdown decretado no país em abril.

O Reino Unido foi o primeiro a dar início à vacinação contra a covid-19, utilizando o imunizante desenvolvido pela Pfizer junto à BioNTech. A princípio, o país deu prioridade a idosos e profissionais da saúde, mas agora se concentra em aplicar a primeira dose no maior número de pessoas possível, adiando a distribuição da segunda.

Mais de 2,78 milhões de pessoas foram infectadas no Reino Unido desde o início da pandemia, de acordo com a Johns Hopkins. Em número de mortes, o país é o quinto (76.423), atrás de Estados Unidos (355.371), Brasil (196.561), Índia (149.850) e México (127.757).

(Com ANSA e Reuters)