Topo

Esse conteúdo é antigo

Schwarzenegger compara invasão ao Capitólio à 'Noite dos Cristais' nazista

Arnold Schwarzenegger mostrou a espada de Conan e a usou como metáfora - Reprodução / Twitter
Arnold Schwarzenegger mostrou a espada de Conan e a usou como metáfora Imagem: Reprodução / Twitter

Do UOL, em São Paulo

10/01/2021 14h31

Arnold Schwarzenegger, ator, republicano e ex-governador da Califórnia (2004-2011), repudiou os atos de manifestantes apoiadores de Donald Trump, que invadiram o Congresso norte-americano na última quarta-feira (6).

"Como um imigrante deste país, gostaria de dizer algumas palavras aos meus colegas americanos e aos nossos amigos em todo o mundo, sobre os acontecimentos dos últimos dias", começou dizendo em vídeo publicado no Twitter.

Ele cita a "Noite dos Cristais", quando os nazistas se rebelaram contra os judeus, em 1938, comparando o evento com os acontecimentos recentes.

"Quarta-feira foi o 'Dia dos Cristais' aqui nos Estados Unidos. O vidro quebrado estava nas janelas do Capitólio. Mas a multidão não quebrou apenas as janelas. Eles destruíram as ideias que considerávamos certas. Eles não apenas derrubaram as portas do prédio que abrigava a democracia americana. Eles pisotearam os próprios princípios sobre os quais nosso país foi fundado", afirmou.

Ele também usou a espada de "Conan, o Bárbaro" como uma metáfora para descrever como os Estados Unidos podem lidar com os rebeldes que invadiram o Capitólio.

Arnold Schwarzenegger nasceu na Áustria, em 1947, apenas dois anos após o término da Segunda Guerra Mundial. No mesmo vídeo, ele também contou que seu pai passou a beber e agredir os próprios filhos após a guerra. Ainda assim, ele não o culpa, porque considera que todos foram enganados pelo regime.

"Tudo começou com mentiras e mentiras e mentiras e intolerância. Sendo da Europa, eu vi em primeira mão como as coisas podem sair do controle", finalizou.

Recentemente, o ator já havia criticado Trump publicamente, dizendo que sua tentativa de colocar como uma farsa a eleição presidencial de novembro, perdida para o democrata Joe Biden, é "estúpida, louca e maligna".