Homem que levou bandeira supremacista ao Capitólio foi preso, diz Justiça
Um homem que participou da invasão ao prédio do Capitólio, no último dia 6, carregando uma bandeira dos Estados Confederados da América (ECA) foi preso hoje em Delaware, segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Kevin Seefried e seu filho Hunter, também preso, são acusados de invasão à área restrita, entrada violenta e desordem.
Os dois já prestaram depoimento ao FBI (Federal Bureau of Investigation, a Polícia Federal americana) sobre a participação da invasão, segundo a CNN. Promotores dizem que eles "entraram no prédio do Senado por uma janela quebrada e, pouco depois, Kevin foi fotografado carregando uma bandeira confederada".
Os Estados Confederados da América foram uma união política, formada em 4 de fevereiro de 1861, que nasceu com sete estados do sul dos EUA: Carolina do Sul, Alabama, Mississippi, Geórgia, Flórida, Texas e Louisiana. Durante a Guerra de Secessão (1861-1865), esses estados buscaram independência para impedir a abolição da escravidão, mas foram derrotados pelo norte.
Após a guerra, a bandeira que Kevin Seefried carregava durante a invasão ao Capitólio foi adotada como símbolo do supremacismo branco, tendo sido utilizada até pela Ku Klux Klan. Hoje ela é considerada por ativistas negros um símbolo nacionalista e racista.
Cinco mortes
Apoiadores do presidente Donald Trump se reuniram no último dia 6 nas proximidades do Capitólio para protestar contra a certificação da vitória de Joe Biden na eleição de 2020. A invasão aconteceu pouco depois de a sessão conjunta do Congresso ser interrompida por uma objeção, por parte de parlamentares republicanos, ao resultado do pleito no estado do Arizona, vencido por Biden.
Além de policiais, atiradores de elite e outras forças de segurança foram acionados para conter os manifestantes. Deputados e senadores tiveram que se esconder, e o vice-presidente Mike Pence foi retirado do prédio. Cinco pessoas morreram, segundo a polícia de Washington.
Impeachment de Trump
A invasão ao Capitólio levou à abertura do segundo processo de impeachment contra Trump, a menos de uma semana de o republicano deixar o cargo. É a primeira vez na história que um presidente dos EUA sofre dois pedidos de impeachment em um mesmo governo.
Trump foi acusado pelos deputados de "incitação à insurreição", uma vez que incentivou que seus apoiadores marchassem a Washington na intenção de impedir a cerimônia de oficialização de Joe Biden como novo presidente do país.
Todos os 222 deputados democratas votaram a favor do afastamento. Entre os republicanos, que no ano passado votaram de forma unânime contra a retirada de Trump do poder, dez dos 211 parlamentares votaram pelo impeachment. O placar final ficou em 232 a 197, com quatro abstenções republicanas.
Mesmo com a votação favorável ao impeachment na Câmara, Trump deve permanecer no cargo até o fim de seu mandato, uma vez que é necessária a aprovação do Senado para que o afastamento seja, de fato, confirmado.
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