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Biden anuncia retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris e à OMS

Do UOL, em São Paulo

20/01/2021 09h40Atualizada em 20/01/2021 14h34

A equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje, horas antes de sua posse, que ele assinará decretos para reverter políticas que marcaram a gestão de seu antecessor Donald Trump.

Entre as principais, estão o retorno do país ao Acordo de Paris sobre o clima, a anulação da decisão de deixar a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a interrupção da construção do muro na fronteira com o México.

Em maio, Trump informou que o país rompeu com a OMS e fez várias críticas à forma como o órgão vinha lidando com a pandemia de covid-19 e também atacou a maneira como a entidade lidou com o papel da China na questão do vírus. Biden quer reverter a decisão e Anthony Fauci, maior especialistas do governo em doenças infecciosa, liderará a Delegação dos EUA no órgão.

Pandemia

Biden também tomará as primeiras medidas de seu governo para lidar com a pandemia do novo coronavírus, entre elas tornar obrigatório o uso de máscara em propriedade federal e instalar um coordenador de resposta à covid-19 para supervisionar os esforços da Casa Branca para distribuir vacinas e suprimentos médicos.

Os Estados Unidos são o país mais atingido pela doença com mais de 24 milhões de casos registrados e 401.777 mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

Acordo de Paris

Em 4 de novembro do ano passado, enquanto os americanos ainda aguardavam o resultado das eleições, os Estados Unidos abandonaram oficialmente o Acordo de Paris sobre o clima.

A saída do país do tratado havia sido anunciada há mais de três anos por Trump. Biden já havia prometido que reintegraria o país ao acordo em caso de vitória nas urnas.

Internacional

O novo presidente também vai desfazer algumas duras medidas de seu antecessor em relação à imigração, acabando com a proibição de viagens de alguns países de maioria muçulmana.

Economia

Na economia, Biden irá prorrogar a moratória nacional existente sobre despejos e execuções hipotecárias até pelo menos 31 de março.

Ele também irá estender a pausa existente nos pagamentos de empréstimos estudantis até pelo menos 30 de setembro.

Posse sob forte esquema de segurança

Pela primeira vez na história dos Estados Unidos, a ameaça interna de ataques resulta em um esquema inédito de segurança para a posse de um presidente - de modo a isolar completamente a cerimônia do público.

O primeiro discurso de Biden no cargo será focado no combate ao coronavírus, na recuperação da economia e na reconciliação dos americanos.

O esforço pela pacificação do país acontece em meio a uma polarização política que ultrapassou os limites na noite de 6 de janeiro, com a invasão da sede do Legislativo por manifestantes fiéis a Trump, que não reconhecem a vitória do democrata e ameaçaram impedir a posse.

O resultado é que o evento acontece sob a proteção de 25 mil homens e mulheres da Guarda Nacional e um verdadeiro aparato de guerra, com caminhões militares, blindados, barreiras e grades bloqueando todos os acessos ao National Mall - onde estão o Congresso e a Casa Branca.

No lugar de 200 mil espectadores e convidados que costumavam apreciar a cerimônia nacional nos anos anteriores, 200 mil bandeiras americanas estão cravadas nos gramados do local.

* Com informações da AFP e RFI

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado anteriormente no texto, o primeiro discurso de Biden no cargo será focado no combate ao coronavírus, na recuperação da economia e na reconciliação dos americanos, e não na recuperação da pandemia. A informação foi corrigida.
Diferentemente do informado anteriormente no texto, os EUA registram 401.777 mortes pela covid-19, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, e não 40.177. A informação foi corrigida.