Agência Europeia de Medicamentos recomenda autorização da vacina de Oxford
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) recomendou hoje a autorização para uso da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e da Universidade de Oxford em adultos com mais de 18 anos.
Se a orientação for acatada pela Comissão Europeia, o imunizante será o terceiro liberado no bloco, após a distribuição das fórmulas da Moderna e da Pfizer com BioNTech.
Segundo o regulador, o produto demonstrou eficácia de cerca de 60% nos testes clínicos e deve ser aplicado por meio de duas doses, com intervalo entre quatro e 12 semanas.
Os números se referem a pessoas entre 18 e 55 anos, mas a EMA decidiu liberar o uso para adultos mais velhos, porque a "proteção é esperada, visto que uma resposta imune é observada nesta faixa etária e com base na experiência com outras vacinas".
Ontem, o comitê de vacinas da Alemanha fez uma atualização da recomendação em relação ao produto, informando que o imunizante deve ser administrado apenas a pessoas com menos de 65 anos. Para justificar a nova recomendação, os especialistas citaram a falta de dados suficientes em relação a grupos de idade mais avançada.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) informou que evidências confirmam a segurança e a produção de anticorpos do imunizante em pessoas da terceira idade.
No dia 17 de janeiro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou pedido de uso emergencial no Brasil do imunizante. Dias depois, dez profissionais de saúde foram os primeiros vacinados do país com a vacina. Os dois primeiros foram o infectologista Estevão Portela e a pneumologista Margareth Dalcolmo, que atuam na linha de frente no combate à covid-19.
Escala de tensão entre UE e AstraZeneca
A União Europeia está envolvida em uma disputa com a AstraZeneca desde que a empresa disse na semana passada que reduziria o suprimento no primeiro trimestre devido a problemas de produção em sua fábrica belga.
Segundo uma autoridade da UE, isso significa que o bloco receberá 31 milhões de doses no período, ou 60% menos do que o combinado inicialmente, aumentando a pressão sobre a entidade de 27 países, cujas campanhas de vacinação estão atrás das de Israel, Reino Unido e Estados Unidos.
Hoje, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o contrato entre o bloco e a farmacêutica contém cláusulas de obrigatoriedade.
"Existem cláusulas de obrigatoriedade, e o contrato é cristalino", disse Von der Leyen à rádio Deutschlandfunk, acrescentando que ele contém quantidades de remessas para dezembro e para os três primeiros trimestres de 2021.
"A AstraZeneca também nos garantiu explicitamente neste contrato que nenhuma outra obrigação impediria o cumprimento do contrato", disse.
Os comentários de Von der Leyen contradisseram os do presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, que na terça-feira (26) disse a jornais que o contrato com a UE se baseou em uma cláusula de "melhor esforço" e não comprometeu a farmacêutica com um cronograma específico de entregas.
* Com Estadão Conteúdo e Reuters
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