Encontramos convergência, diz Ernesto sobre chamada com secretário dos EUA
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que a conversa que teve por telefone com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, foi "longa e produtiva" e com uma "agenda 100% positiva".
"Encontramos convergência de visões sobre a centralidade da democracia e grande empenho em trabalhar juntos nas questões do comércio, do clima e promoção dos direitos humanos", disse o ministro em seu perfil no Twitter.
Para Ernesto, "ficou claro" que os EUA, chamados pelo ministro de "parceiro-chave na transformação do Brasil em torno da liberdade econômica e política", podem continuar "construindo uma parceria profunda" com o Brasil.
O porta-voz de Anthony Blinken, Ned Price, publicou em seu perfil no Twitter uma mensagem sobre o encontro, na qual reforçou que o Brasil é um parceiro-chave dos Estados Unidos.
Em um comunicado de imprensa, Price informou que os diplomatas conversaram sobre a pandemia de covid-19, mudanças climáticas, conservação ambiental e direitos humanos. "Os dois líderes discutiram a importância de trabalharmos juntos para promover a prosperidade, a segurança e os valores democráticos em nosso hemisfério comum", escreveu.
A conversa com Blinken foi a primeira de Ernesto com o chefe da diplomacia do governo de Joe Biden, empossado em janeiro, além de o primeiro contato oficial de alto nível entre o governo brasileiro e a nova administração democrata.
A realização da chamada veio após uma negociação de cerca de duas semanas entre o Itamaraty e o Departamento de Estado dos EUA. "Foi muito positiva, longa e produtiva. Olhando para frente. Muitos valores e interesses comuns", disse à Reuters uma fonte do ministério.
Aliados de primeira hora do agora ex-presidente republicano Donald Trump, Ernesto e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentam, agora, abrir pontes com a gestão de Biden.
Após Trump acusar, sem qualquer tipo de prova, que as eleições presidenciais americanas de 2020 tinham sido fraudadas, Bolsonaro endossou o discurso de seu aliado.
Até agora, Biden e Bolsonaro não tiveram contato direto. Logo após a posse do democrata, o presidente brasileiro enviou uma carta em tom conciliatório - e com contradições - ao seu par americano.
* Com informações de Lisandra Paraguassu, da Reuters, em Brasília
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