Cão usa equipamento de proteção para ajudar dona com sequelas de acidente
Uma mulher com sequelas de um grave acidente de cavalo escolheu estudar a neurociência após se recuperar. Mas para entrar no laboratório, ela precisa de ajuda do seu cão de estimação, um Golden Retrivier, que aprendeu a usar equipamentos de proteção.
Joey Ramp, de 56 anos, era ex-treinadora de cavalos quando sofreu um grave acidente de trabalho que danificou seu córtex pré-frontal e causou danos permanentes que afetaram os nervos no lado esquerdo do corpo. Além disso, a queda fraturou 23 ossos, incluindo duas vértebras, a mandíbula e a clavícula.
Ramp quer agora entender como funciona o cérebro humano e, para isso, começou a estudar neurociência na Universidade de Illinois (EUA). As sequelas deixadas pelo acidente, no entanto, exigem que ela receba ajuda do seu cão-guia, o Sampson, um Golden Retrivier.
"Se eu deixar cair algo no laboratório, ele virá para o meu lado e posso usá-lo como suporte para me ajoelhar e pegar o que preciso", diz Ramp, que sofreu resistência da universidade para conseguir a permissão da entrada do cão no laboratório.
Para isso, foi imposta uma condição: que Sampson utilizasse os mesmos equipamentos de proteção utilizados por um humano. "Eu não poderia ir a universidade ou um programa de neurociência sem a ajuda dele", disse ela, à SWNS.
A dona do "cão cientista" começou a defender a presença de cães-guia em laboratórios para que pessoas deficientes não deixem de estudar por conta de alguma limitação. Ramp acha que, além da máscara e do jaleco, os cães devem ter um calçado com forro emborrachado e receber um treinamento especial para que só tomem alguma atitude mediante instrução dos donos.
Com o sucesso da parceria, Ramp e Sampson começaram a treinar cães-guia de outras universidades. "Ele desvenda o mistério do que um cão-guia pode fazer e como acomodá-lo em um laboratório", disse ela sobre o animal de estimação. "Isso também dá aos treinadores uma ideia do que o treinamento de seu cão requer, porque aprender a usar óculos de proteção leva tempo", informa.
Apesar da vida regrada, Ramp diz que Sampson leva uma vida como a de qualquer cão. "Ele é apenas um cachorro normal quando estamos em casa e está brincando", diz.
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