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Biden confirma US$ 1,9 tri contra covid-19; valor é maior que PIB do Brasil

No Salão Oval da Casa Branca, o presidente americano Joe Biden assina o pacote de estímulo à economia e combate à covid-19 de US$ 1,9 trilhão - Mandel Ngan/AFP
No Salão Oval da Casa Branca, o presidente americano Joe Biden assina o pacote de estímulo à economia e combate à covid-19 de US$ 1,9 trilhão Imagem: Mandel Ngan/AFP

Do UOL, em São Paulo

11/03/2021 17h27

O presidente americano Joe Biden assinou hoje a promulgação do pacote de estímulo econômico e combate à covid-19 de US$ 1,9 trilhão, que foi aprovado ontem na Câmara dos Representantes. O projeto é uma vitória dos democratas e representa um valor investido para a recuperação econômica do país maior do que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

O pacote equivale a R$ 10,52 trilhões, valor próximo ao PIB da Itália em 2020. Já a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil no ano passado foi de R$ 7,4 trilhões segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A recuperação econômica é tida como essencial para o país que registrou mais vidas perdidas pela pandemia, com mais de 530 mil mortes de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Entre diversos estímulos, o pacote prevê uma parcela única de ajuda financeira individual de US$ 1.400 (R$ 7.753) ainda em março.

"Eu acredito que esta é, e a maioria das pessoas também acredita, uma legislação histórica sobre a reconstrução da espinha dorsal deste país, dando às pessoas que construíram este país uma chance de lutar", afirmou Biden antes de assinar o projeto hoje no Salão Oval da Casa Branca.

A promulgação acontece menos de dois meses após Biden assumir o cargo no lugar do ex-presidente Donald Trump, e exatamente um ano após a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar a pandemia de covid-19.

Um discurso de Biden é esperado para hoje à noite para fazer um balanço das dificuldades enfrentadas pelos Estados Unidos no último ano, além de projetar como será o futuro, com destaque para o pacote econômico e também para a campanha de vacinação contra a covid-19 em ritmo acelerado, que pretende imunizar todos os adultos do país até o final de maio.

Resposta à recessão

As medidas econômicas foram aprovadas ontem sem o apoio dos deputados republicanos. Na votação que terminou 220 a 211 pela aprovação, nenhum parlamentar do partido de oposição a Biden votou a favor. A maioria que Biden tem na Câmara fez diferença e confirmou uma das maiores injeções financeiras do governo desde a Grande Depressão, na década de 1930.

No ano passado, a maior economia do mundo encolheu 3,5%. Em resposta, Biden prevê pagamentos únicos de US$ 1.400 para quem ganha menos de US$ 80 mil (R$ 443 mil) por ano, pais e mães solteiras que ganham menos de US$ 120 mil (R$ 665 mil) por ano e casais com renda familiar anual inferior a US$ 160 mil (R$ 886 mil).

O governo federal ainda concederá benefícios a desempregados e bilhões de dólares para impulsionar a campanha de vacinação. O pacote também prevê investimentos na educação e distribuição de valores aos estados e empresas que enfrentam dificuldades na pandemia.