Jovem que gravou morte de George Floyd é ouvida em julgamento
A jovem que gravou Derek Chauvin se ajoelhando sobre o pescoço de George Floyd durante uma abordagem policial em Minneapolis (EUA), em maio do ano passado, começou a ser ouvida na manhã de hoje no julgamento do agora ex-policial.
Darnella Frazier tinha apenas 17 anos quando gravou o vídeo e o divulgou nas redes sociais. As imagens da abordagem desencadearam um movimento global de protestos.
Ela escreveu no início do mês em sua página no Facebook que Floyd "implorou por sua vida e Chauvin simplesmente não se importou", pedindo ainda que a justiça seja feita no caso.
Segundo o jornal The New York Times, Darnella, agora com 18 anos, estava visivelmente emocionada ao descrever sua chegada à cena e ver Floyd "apavorado, assustado, implorando por sua vida". Ela disse ainda que a única violência que viu naquele dia foi por parte dos policiais.
O julgamento
O vídeo chocante de Floyd agonizando sob o joelho do policial foi o foco da abertura da argumentação, ontem, no julgamento pela morte que abalou os Estados Unidos.
A promotoria buscou mostrar que Chauvin não tinha justificativa para sua ação de nove minutos que acabou asfixiando Floyd, que ele havia detido por uma contravenção.
A defesa de Chauvin alegou que pode provar que Floyd estava drogado, o que teria forçado os policiais a serem mais duros, e que sua morte se deve mais às drogas e a seus problemas de saúde do que à asfixia.
Com 19 anos na polícia, Chauvin é acusado de assassinato e homicídio culposo e enfrenta até 40 anos de prisão se for declarado culpado da acusação mais grave: assassinato em segundo grau. O veredicto deve sair no final de abril ou início de maio.
Donald Williams, um instrutor de artes marciais que estava no local do assassinato, afirmou ter dito a Chauvin que sua maneira de imobilizar Floyd pelo pescoço era equivalente a uma manobra perigosa usada em combates chamada de "blood choke", ou "sufocamento de sangue".
O julgamento acontece em uma sala de Minneapolis fortemente vigiada. O processo deve durar aproximadamente um mês.
O júri de 14 membros é racialmente misto: seis mulheres brancas, três homens negros, dois homens brancos e três mulheres negras.
Os policiais raramente são condenados nos Estados Unidos e a sentença por qualquer uma das acusações contra Chauvin exigirá que o júri emita um veredito unânime.
* Com informações da AFP
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