Deputado renuncia após contratar garota de programa em sessão na Austrália
O parlamentar Michael Johnsen renunciou nesta semana, na Austrália, depois de ser acusado de ter contratado os serviços de uma garota de programa durante uma sessão legislativa na Assembleia do estado de Nova Gales do Sul.
O deputado, do Partido Nacional da Austrália (National Party of Australia), teria oferecido uma quantia de 1 mil dólares australianos — cerca de R$ 4,3 mil — para que a profissional do sexo fosse até o Parlamento, de acordo com o site australiano News.com.au. Ele também teria enviado a ela mensagens sexuais e um vídeo de si mesmo realizando um ato obsceno.
Anteriormente, Johnsen já havia sido acusado de estupro em setembro de 2019, por uma garota de programa, na região de Blue Mountains, a oeste de Sydney.
O político disse que tomou a decisão de renunciar com o "coração pesado" e estava confiante de que seria inocentado do alegado ato de violência sexual. De acordo com a ABC News, o parlamentar admitiu que era um "humano imperfeito", mas salientou que o crime "simplesmente não aconteceu".
"No entanto, as necessidades do eleitorado vêm em primeiro lugar e essa é a abordagem que sempre tomei, muitas vezes com grande sacrifício pessoal, como o papel de um membro do parlamento exige e muitos podem não perceber", disse Johnsen, em um comunicado.
O vice-primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, John Barilaro, que havia pedido ao parlamentar que renunciasse ao cargo, confirmou a renúncia na quarta-feira (31). "Minha mensagem para o povo do Upper Hunter é que sempre colocarei integridade antes da política, e é por isso que pedi a renúncia de Johnsen", declarou.
A mulher que acusou o deputado de estupro havia feito a denúncia à polícia de Nova Gales e também escrito à deputada local, Trish Doyle, pedindo por justiça. Ela disse à ABC que ficou "aliviada" ao ouvir sobre a renúncia de Johnsen, mas decepcionada que o acontecimento só ocorreu mais tarde.
"Quão triste e quão pouco respeito nós, como nação, temos pelas mulheres quando é pedido renúncia [do parlamentar] por causa de uma conversa consensual, mas não por causa de uma agressão sexual. Temos um longo caminho a percorrer", lamentou a cidadã.
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