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Homem é preso após levar corpo de namorado morto em viagem

Uma vez em que dirigir com um cadáver não é crime na Espanha, ele só foi autuado por direção imprudente - iStock
Uma vez em que dirigir com um cadáver não é crime na Espanha, ele só foi autuado por direção imprudente Imagem: iStock

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/04/2021 15h48

Um homem foi preso em uma rodovia espanhola por dirigir na contramão com um cadáver no banco do passageiro. Interrogado pelos policiais, o motorista, de 66 anos, disse que estava levando o corpo em decomposição do namorado, morto aos 88 anos, para cumprir o último item da sua lista de desejos: viajar de carro pela Europa.

O trajeto dele começou em Jafre, uma vila na Catalunha. Após ser avistado pela polícia enquanto dirigia na contramão, ele aumentou a velocidade e iniciou uma falha tentativa de fuga. Os policiais então abordaram o suspeito e logo se depararam com o cheiro de cadáver.

"O cheiro que veio do veículo foi uma indicação óbvia. O passageiro parecia estar morto há vários dias, pelo menos, se não semanas, embora a data exata seja algo que a autópsia precisará determinar", disse uma fonte policial ao jornal Daily Mail. "Foi um milagre ninguém ter morrido quando o homem preso dirigiu tantos quilômetros pela rodovia", acrescentou.

O morto foi reconhecido como um cidadão suíço, chamado Hans Rols Taubenberger. Seu namorado, um espanhol que não teve nome revelado, teria dito à polícia que o parceiro morreu na Suíça e estava sendo levado para uma viagem pela Europa, fruto do último item não completo em sua lista de desejos.

Os detetives agora investigam onde o suspeito usou cartões de crédito para reconstituir a viagem, que teria percorrido a Itália, França e também por Madri, capital da Espanha. Não há confirmação se o suíço morreu antes ou durante a viagem, mas a polícia não considera o motorista suspeito de assassinato.

Uma vez em que viajar com um cadáver em um carro não é classificado como crime pela lei espanhola, o suspeito deve ser acusado apenas por direção imprudente. Entretanto, outros detalhes da autópsia, ainda a serem revelados, podem mudar isso, assim como testes psiquiátricos aos quais ele será submetido.