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Irmã de homem que morreu após tomar AstraZeneca pede que público se vacine

AstraZeneca está associada a morte de homem britânico - Miguel Riopa/AFP
AstraZeneca está associada a morte de homem britânico Imagem: Miguel Riopa/AFP

Colaboração para o UOL

09/04/2021 09h28

A irmã de Neil Astles, britânico que morreu devido a complicações de um coágulo sanguíneo após receber a primeira dose da vacina AstraZeneca, pediu que o público continue se imunizando. "Meu irmão foi extraordinariamente sem sorte", disse a farmacêutica Alison Astles para o Daily Telegraph.

"Apesar do que aconteceu com nossa família, acreditamos firmemente que todos deveriam tomar as duas doses de AstraZeneca", afirmou sobre o imunizante de covid-19. Para Alison, medicina é um equilíbrio de riscos e benefícios. A farmacêutica contou que a família está completamente furiosa. "Estamos sofrendo, mas racionalmente não temos motivo para estarmos com raiva", continuou.

"Se todos recebermos vacinas, alguns podem desenvolver coágulos sanguíneos, mas a evidência mostra que menos pessoas vão morrer. Não queremos que o que aconteceu com nossa família assuste as pessoas", explicou.

Neil tinha 59 anos e foi internado aproximadamente três semanas depois de ser vacinado, ele se queixava de fortes dores de cabeça e chegou a perder a visão. O britânico morreu no domingo de Páscoa (3) no hospital. Segundo a irmã dele, a equipe clínica no caso falou ter 99% de certeza que o coágulo foi provocado pela vacina, mas um laudo oficial ainda será dado.

Os dados mais recentes da Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) apontam que, no Reino Unido, foram reportados 79 casos de coágulo sanguíneo associados a taxa baixa de plaquetas em pacientes que usaram AstraZeneca. Dentre essas pessoas, 19 morreram. Essa amostra é de um grupo de mais de 20 milhões de doses aplicadas no Reino Unido e confirmaria que em 1 milhão de pessoas imunizadas por essa vacina quatro desenvolveriam coágulos.