Cidade gasta R$ 51 mil para proteger casa de acusada de matar Daunte Wright
A cidade de Champlin, no estado norte-americano de Minnesota, pagou 9,2 mil dólares — cerca de R$ 50,8 mil — para proteger com barricadas a casa da ex-policial Kim Potter, de 48 anos. A oficial foi acusada na semana passada de matar o manifestante negro Daunte Wright, morto durante uma abordagem da polícia.
Em entrevista à Fox News, Angela Wagner, diretora de comunicações da cidade, disse que o município irá solicitar reembolso pelos custos das barricadas "caso uma fonte se torne disponível."
"Se recebemos informações confiáveis sobre uma ameaça a qualquer pessoa ou propriedade em Champlin, é nossa responsabilidade fornecer a proteção necessária em toda a comunidade", explicou Angela.
Ainda segundo a diretora, as autoridades ergueram a cerca para proteger o imóvel, localizado no Brooklyn Center, de qualquer eventual incêndio criminoso, que pudesse atingir o bairro residencial.
Além disso, a intenção das barrigadas, segundo Angela, é "fornecer a policiais um local protegido" no caso de uma multidão se dirigir até a residência durante manifestações.
Fotos que circularam no Twitter mostram as barreiras na frente da casa da acusada de matar Daunte Wright. As imagens foram tiradas três dias após a ex-policial supostamente ter atirado no jovem, que morreu em 11 de abril, aos 20 anos de idade.
Morte de Daunte Wright
A ex-policial Kim Potter pagou uma fiança de 100 mil dólares para deixar a prisão no último dia 14 de abril, mesmo dia em que foi detida. A acusada alega que se enganou na hora da abordagem policial e, pensando estar usando uma arma de choque, disparou um revólver contra Daunte.
A vítima era abordada por agentes da polícia por circular em um veículo com a documentação atrasada e deixar algo pendurado no retrovisor. Os policiais identificaram que havia um mandado de prisão em aberto e deram ordem de prender o jovem negro.
Daunte tentou resisitir aos policiais enquanto era algemado e conseguiu voltar ao seu carro. Então, Kim disparou em direção ao jovem, que morreu a cerca de 5 km de onde George Floyd foi morto, em maio do ano passado.
Se for considerada culpada pela morte do rapaz, a ex-policial pode pegar até 10 anos de prisão e pagar multa de 20 mil dólares — aproximadamente R$ 111 mil —, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
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