Empresa modifica mosquitos geneticamente para controlar doenças na Flórida
Uma empresa britânica de biotecnologia iniciou nesta semana um projeto para controlar doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti na Flórida, nos Estados Unidos, utilizando mosquitos geneticamente modificados.
Segundo o jornal Miami Herald, a Oxitec está colocando caixas com ovos do Aedes Aegypti, água e comida em seis locais de Florida Keys, arquipélago de ilhas tropicais no sul do estado.
A empresa criou um "mecanismo de morte" no Aedes Aegypti macho para evitar a criação de filhotes femininos resultantes do acasalamento, já que são as fêmeas que transmitem doenças como dengue, febre amarela, zika e chikungunya.
"As filhas desses encontros não podem sobreviver, e a população de Aedes aegypti será posteriormente controlada", explicou a Oxitec em nota ao Miami Herald.
Segundo a empresa, o Aedes Aegypti representa cerca de 4% da população de mosquitos de Florida Keys, mas é responsável por praticamente todas as doenças transmitidas aos humanos.
O projeto foi aprovado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, pelo estado da Flórida e pelo distrito de controle de mosquitos local. A ideia, no entanto, é reprovada por alguns moradores da Flórida, que se preocupam se a modificação genética dos mosquitos pode causar danos ao meio ambiente e aos humanos, como alergias.
A Oxitec, porém, afirma que os mosquitos não causam reações alérgicas e diz que a empresa recebeu a aprovação unânime de sete departamentos e agências do estado da Flórida (EUA). A empresa também alega ter mais de 100 estudos que comprovam a eficácia do método.
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