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Papa Francisco pede diálogo para Cuba em primeira celebração após alta

Papa Francisco acena após conduzir a oração do Angelus de sua janela no Vaticano após uma cirurgia intestinal, no Vaticano - Remo Casilli/REUTERS
Papa Francisco acena após conduzir a oração do Angelus de sua janela no Vaticano após uma cirurgia intestinal, no Vaticano Imagem: Remo Casilli/REUTERS

Do UOL, em São Paulo*

18/07/2021 12h43

O Papa Francisco pediu paz e diálogo para Cuba após a explosão de protestos que tomaram o país na última semana. A declaração aconteceu durante o Angelus hoje, a primeira celebração que faz desde a alta hospitalar no Vaticano.

"Estou próximo do querido povo de Cuba, em especial as famílias, que nesses momentos difíceis tanto sofrem", afirmou aos fiéis na Praça de São Pedro.

"Rezo ao Senhor que os ajude a construir a paz, o diálogo e a solidariedade em uma sociedade sempre mais justa e fraterna."

O líder católico teve um papel fundamental de aproximação entre as lideranças cubanas e norte-americanas em 2016, quando foram dados alguns passos na direção do fim do embargo econômico dos Estados Unidos contra a ilha.

Durante o discurso, o papa Francisco voltou a lembrar das vítimas das enchentes na Alemanha, Bélgica e os Países Baixos, que já contabilizou 170 mortos ontem.

"Exprimo minha proximidade às populações atingidas pela catástrofe e pelas enchentes. O Senhor acolha os defuntos e conforte os familiares, dê a força para todos para que possam socorrer quem sofreu graves danos", afirmou.

Protestos em Cuba

Ontem, milhares de pessoas que compareceram a um comício organizado pelo governo em Havana para denunciar o embargo comercial e reafirmar seu apoio à revolução de Cuba, uma semana depois de protestos sem precedentes que abalaram o país comunista.

O comício foi uma reação às manifestações que eclodiram ao redor do país no último domingo, entre uma generalizada escassez de bens básicos, cobranças de direitos políticos e o pior surto de coronavírus na nação desde o começo da pandemia.

O governo reconheceu algumas falhas esta semana, mas, no geral, culpou "contra-revolucionários" financiados pelos EUA explorando a crise econômica causada pelas sanções norte-americanas pelos protestos.

*Com informações da ANSA e Reuters