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Nigéria apreende 17 toneladas de escamas de pangolim que seriam exportadas

O recluso pangolim, também conhecido como tamanduá escamoso, se transformou no mamífero mais traficado do planeta devido à crescente demanda na China e no Vietnã - HANDOUT/AFP
O recluso pangolim, também conhecido como tamanduá escamoso, se transformou no mamífero mais traficado do planeta devido à crescente demanda na China e no Vietnã Imagem: HANDOUT/AFP

Do UOL, em São Paulo

05/08/2021 20h49Atualizada em 06/08/2021 10h08

Cerca de 17 toneladas de escamas de pangolim, 60 kg de garras do animal e mais 44 kg de presas de elefante foram apreendidos pelo Serviço de Alfândega da Nigéria. O pangolim encontra-se ameaçado de extinção e vem liderando a lista de animais mais traficados.

A apreensão da quantidade recorde desses insumos de origem animal, usados em joalheria e remédios tradicionais chineses, foi avaliada em cerca de 22,3 bihões de nairas nigerianas, o equivalente a quase R$ 290 milhões, conforme reporta o jornal local Nigerian Tribune.

As autoridades prenderam três estrangeiros e perseguiu um quarto, que seria o chefe da rede criminosa do tráfico internacional ilegal de animais selvagens. A Nigéria se tornou um centro para o tráfico internacional ilegal para o envio de pangolins africanos com destino à Ásia. Eles culpam a insegurança das fronteiras, aplicação afrouxada da lei, corrupção e fácil acesso a grandes portos.

As autoridades dos EUA, Reino Unido e da Alemanha, além de organizações internacionais, contribuíram para intensificar as operações de combate ao contrabando feito pelo serviço alfandegário nigeriano. O pangolim está criticamente ameaçado de extinção e suas escamas são cobiçadas na medicina tradicional chinesa como remédio para diversos males.

A AFP noticiou que, em janeiro, um tribunal chinês prendeu 17 pessoas por contrabandear 23 toneladas de escamas de pangolim da Nigéria para a China. O país asiático proibiu a importação de produtos de pangolim em 2018 e a caça furtiva de animais em 2007.