Fêmeas de elefantes africanos estão ficando sem presas, e a culpa é humana
Cientistas descobriram que as fêmeas de elefantes africanos estão 'evoluindo rapidamente' para se tornarem espécimes sem as tradicionais presas. Segundo um novo estudo sobre esses animais, publicado na Science, a caça predatória em busca de marfim pode ser a razão dessa mudança evolucionária.
O processo de caça predatória teve início durante a Guerra Civil Moçambicana de 1977 a 1992, levando a um declínio populacional dos paquidermes, particularmente entre aqueles com presas.
Os elefantes restantes eram mais propensos a não ter presas, o que significa que seus filhos também nasceram sem presas, de acordo com a equipe da Universidade de Princeton, em Nova Jersey, EUA.
As descobertas lançaram uma nova luz sobre as poderosas forças seletivas que a interferência humana pode atrair sobre as populações de animais selvagens, segundo os pesquisadores.
A matança seletiva de espécies - seja para alimentação, segurança ou lucro - só se tornou mais comum e intensa à medida que as populações humanas e a tecnologia cresceram.
A suspeita é de que a exploração da vida selvagem por humanos se tornou um poderoso impulsionador seletivo na evolução das espécies-alvo.
No entanto, o impacto sobre as assinaturas evolutivas resultantes permanecem obscuras. Por isso o investigador Shane Campbell-Station e seus colegas investigaram os impactos da caça ao marfim na evolução dos elefantes africanos no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique.
Eles analisaram especificamente os impactos nas populações que viviam no país durante e após a Guerra Civil Moçambicana. Usando dados de campo históricos e modelagem populacional, Campbell-Staton descobriu que a caça ilegal intensa durante esse período aumentou a frequência com que a ausência total de presas era percebida em elefantes fêmeas da região.
Os estudos se basearam também no mapeamento genético de indivíduos, em busca do gene evolucional responsável pela mudança.
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