Caminhoneiro morre soterrado por 30 toneladas de arroz; empresa é condenada
Um caminhoneiro morreu depois ser soterrado nas docas de Garston, na Inglaterra, por uma carga de toneladas de arroz integral. O caso aconteceu em 2015 e sete anos depois, em outubro deste ano, a administradora do porto foi condenada a pagar R$ 13,2 milhões de multa e R$ 232 mil em custas no processo judicial a que foi submetida em Liverpool.
A Associated British Ports Holdings Ltda., que administra as docas de Garston, se declarou culpada de cometer várias falhas de saúde e segurança e foi multada em cerca de R$ 13 milhões como resultado do acidente fatal. Um relatório do Health and Safety Executive (HSE), o serviço britânico que fiscaliza a segurança no trabalho, informou que Burns, junto com três outros motoristas, estava transportando arroz de um navio de contêineres para um galpão de armazenamento nas docas em 25 de outubro de 2015.
Quando o veículo de Burns não saiu do galpão, foi feita uma busca. O funcionário foi encontrado, já sem vida, embaixo das 30 toneladas de arroz. Segundo o relatório, a vítima sofreu "lesões significativas nas pernas, lesões contundentes no peito e asfixia mecânica".
Uma investigação do HSE concluiu que a Associated British Ports Holdings Ltda. falhou em seu dever de realizar uma avaliação de risco adequada e suficiente ou ainda de colocar em prática medidas de controle apropriadas, incluindo uma falha na manutenção do mecanismo de retenção de carga, o que teria impedido os motoristas de sair de seu veículos e, portanto, de ficarem fora do caminho quando a carga tombou.
Após essa investigação, um processo contra outro réu deve ser julgado no Tribunal de Magistrados de Liverpool em 6 de junho de 2022.
"Aqueles que controlam o trabalho têm a responsabilidade de conceber métodos seguros, supervisionar e monitorar adequadamente a atividade de trabalho e fornecer as informações e instruções necessárias aos trabalhadores sobre sistemas de trabalho seguros", declarou o inspetor da HSE, Bradley Wigglesworth, ao EchoNews.
"Se um sistema de trabalho seguro adequado estivesse em vigor nas docas, então este trágico incidente poderia ter sido evitado. As empresas devem estar cientes de que o HSE não hesitará em tomar as medidas cabíveis contra aqueles que estiverem abaixo dos padrões exigidos", afirmou.
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