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Número de deportações feitas pela União Europeia atinge patamar recorde

Colaboração para o UOL

30/11/2021 08h26Atualizada em 30/11/2021 08h26

A quantidade de pessoas deportadas pela agência Frontex, responsável pelo controle das fronteiras externas da UE (União Europeia), cresceu 9% em seis meses, em relação ao mesmo período de 2019. Esse aumento recorde foi divulgado em um relatório da Frontex, que foi vazado pela ONG Statewatch, de acordo com o The Guardian.

Segundo esse relatório emitido para o Conselho de Ministros da UE, 8.239 pessoas foram deportadas pela agência no primeiro semestre de 2021. Além disso, 61% das pessoas repatriadas voltaram para sua pátria por vontade própria e 39% saíram à força. Segundo a Frontex, os retornos forçados aconteceram com as pessoas que se recusaram a se vacinar ou a fazer testes de covid-19.

Quando as pessoas são obrigadas a regressar ao seu país de origem, devem ser acompanhadas por monitores dos direitos humanos. Entretanto, segundo dados do relatório, apenas em 47% dessas voltas organizadas pela Frontex havia um responsável por observar se esses direitos estavam sendo respeitados.

Em nota, a deputada holandesa Tineke Strik demonstrou sua preocupação com as deportações feitas pela agência, já que a Frontex não é obrigada a conferir se todas as etapas das ações estão sendo seguidas.

"A Frontex parece subestimar sua responsabilidade em garantir que os direitos fundamentais sejam respeitados", disse Tineke Strik.

No ano passado, as pessoas que tiveram que deixar a UE eram principalmente da Argélia, Marrocos, Albânia, Ucrânia e Paquistão.