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Países avançam por fim de guerra; Coreia do Norte faz exigências contra EUA

Os governos dos EUA, China, Coreia do Norte e Coreia do Sul concordaram em avançar no acordo para declarar oficialmente o fim da Guerra da Coreia, disse o presidente sul-coreano, Moon Jae-in - Jung Yeon-Je/AFP Photo
Os governos dos EUA, China, Coreia do Norte e Coreia do Sul concordaram em avançar no acordo para declarar oficialmente o fim da Guerra da Coreia, disse o presidente sul-coreano, Moon Jae-in Imagem: Jung Yeon-Je/AFP Photo

Colaboração para o UOL

13/12/2021 08h09

Os governos dos EUA, China, Coreia do Norte e Coreia do Sul concordaram em avançar no acordo para declarar oficialmente o fim da Guerra da Coreia, informou hoje o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

Contudo, a Coreia do Norte impôs uma condição, ao indicar que não participará das negociações para encerrar o conflito enquanto os EUA mantiverem sua política considerada hostil pelo país asiático, uma referência à presença de 28.500 soldados norte-americanos na Coreia do Sul e a realização de exercícios militares anuais dos EUA com a Coreia do Sul — o governoda Coreia do Norte considera isso um ensaio para um golpe militar no país.

O conflito, que durou de 1950 a 1953, terminou com um cessar-fogo, mas não com a assinatura de um tratado de paz. Desde então, as Coreias do Norte e do Sul estão em estado de guerra —apoiadas pela China e EUA, respectivamente.

Na avaliação do mandatário sul-coreano, a medida deve ajudar a abrir negociações entre os dois países sobre a desnuclearização de Pyongyang. "Esperamos que as conversas sejam iniciadas. Estamos fazendo esforços para isso", disse Moon.

O ministro da unificação sul-coreano, Lee In-young, disse que a declaração poderia ser um "ponto de virada para uma nova fase de paz" e pediu que a Coreia do Norte aceite a oferta de Seul de diálogo.

"A Coreia do Norte tem aparentemente mostrado uma maneira mais aberta de diálogo do que antes", disse Lee, de acordo com a agência de notícias Yonhap. "A Coreia do Norte disparou vários mísseis de curto alcance este ano, mas não fez a situação se deteriorar severamente ao elevar as tensões a um nível alto."

Moon, que fez do engajamento com a Coreia do Norte uma característica chave de seu governo, tem pressionado por um tratado de paz antes de seu mandato de cinco anos como presidente sul-coreano terminar no primeiro semestre do ano que vem.

As autoridades chinesas declararam apoio à proposta, enquanto a Coreia do Sul e os EUA estão nos estágios finais de redigir um esboço de declaração.