Incêndio que matou 27 pessoas em clínica no Japão pode ter sido proposital
A polícia de Osaka, no Japão, está investigando se o incêndio que matou 27 pessoas em um edifício foi criminoso. O corpo de bombeiros da maior cidade do oeste do Japão disse que recebeu um relatório às 10h18 informando que as chamas começaram no quarto andar do prédio, desprovido de sprinklers, mecanismo anti-incêndio que dispara água ao detectar fumaça.
O interior carbonizado do imóvel era visível através das janelas quebradas. No pavimento em que as chamas tiveram início, funcionava uma clínica que oferecia serviços médicos gerais e de saúde mental, informou a imprensa local.
Os bombeiros de Osaka informaram à Reuters que 17 homens e 10 mulheres, entre 20 e 60 anos, estão em parada cardiorrespiratória — termo usado com frequência para se referir aos óbitos ainda não declarados oficialmente. Um total de pelo menos 24 mortes já foi confirmado pelas autoridades, segundo a NHK.
Segundo informações do jornal japonês Japan Today, a polícia disse que um homem, entre 50 e 60 anos, que visitou a clínica daquele andar foi o responsável pelo incêndio, acrescentando que ele foi um dos 28 levados ao hospital. Não se sabe se ele está entre os mortos.
Com base em informações fornecidas por testemunhas, a polícia disse que o homem colocou um saco de papel contendo um líquido próximo a um aquecedor na área de recepção da clínica. Eles disseram que ele então chutou o saco de papel, acendendo o fogo quando o líquido escorreu.
Os bombeiros disseram que não foi confirmada nenhuma deficiência de proteção contra incêndio em todo o edifício, localizado no distrito de Kitashinchi, conhecido por bares e casas noturnas, quando foi realizada uma inspeção de segurança, em março de 2019. Devido ao número de andares e ao tamanho do prédio, não era obrigatório instalar sprinklers contra incêndio.
O incêndio começou pouco depois das 10h15 locais (22h15 de Brasília, ontem) no quarto andar do edifício e foi controlado depois de meia hora. Imagens exibidas na televisão mostram dezenas de bombeiros trabalhando dentro e fora do prédio de oito andares, localizado em um bairro comercial.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ofereceu condolências aos familiares das vítimas. "Devemos chegar ao fundo deste caso horrível, esclarecer por quê e como aconteceu. E devemos tomar medidas para evitar a repetição", disse.
Os incêndios fatais são raros no Japão, um país com regulamentações rígidas de construção e baixos índices de criminalidade.
*Com informações das agências AFP e Reuters
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