EUA enviam caças à Polônia para reforçar defesa ucraniana contra Rússia
A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou que ainda hoje chegam à Base Aérea de Lask, na Polônia, caças F-15. O objetivo, segundo comunicado, é reforçar a defesa da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e policiamento tático contra a possível invasão da Rússia à Ucrânia, países que fazem fronteira com os poloneses.
Os norte-americanos afirmam que os novos caças, da 48ª Ala de Caça da Royal Air Force Lakenheath, Reino Unido, trabalharão ao lado das aeronaves F-16 polonesas e dinamarquesas que já executam a missão de policiamento aéreo da Otan da Base Aérea de Siauliai, na Lituânia.
"Os caças extras reforçarão a prontidão e a dissuasão e defesa dos Aliados, à medida que a Rússia continua o acúmulo militar dentro e ao redor da Ucrânia", diz trecho do comunicado da Força Aérea.
Na semana passada, caças F-15 dos EUA interceptaram aviões da Rússia que sobrevoavam o mar Báltico. As interceptações ocorreram no momento em que as tensões aumentam entre a Otan e a Rússia devido ao avanço de militares de Moscou (cidade-sede do governo russo) em torno da Ucrânia.
Exercícios russos
Hoje, a Rússia realiza exercícios navais perto da costa sul da Ucrânia, além de treinamentos terrestres ao norte da Ucrânia, em Belarus, parte de uma demonstração de força que o Ocidente diz ser um precursor de uma invasão, o que Moscou nega.
O ministério da Defesa da Rússia anunciou que os exercícios militares prosseguirão até 20 de fevereiro em cinco campos militares, quatro bases aéreas e "vários pontos" de Belarus, particularmente na região de Brest, na fronteira com a Ucrânia.
Em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, a Ucrânia disse que as ações da Rússia "mostram flagrante desrespeito às regras e princípios do direito internacional" e que Kiev trabalharia em conjunto com países parceiros para preparar uma resposta.
"Essas ações agressivas da Federação Russa como parte de sua guerra híbrida contra a Ucrânia são inaceitáveis", afirmou o comunicado. "Esta é uma complicação significativa e injustificada do transporte marítimo internacional, especialmente o comércio, que pode causar consequências econômicas e sociais complexas, especialmente para os portos da Ucrânia."
*Com informações da Reuters e AFP
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