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Biden está disposto a conversar com Putin 'a qualquer momento', dizem EUA

Presidente dos EUA, Joe Biden, tenta diálogo com a Rússia sobre tensão na Ucrânia - Jim WATSON / AFP
Presidente dos EUA, Joe Biden, tenta diálogo com a Rússia sobre tensão na Ucrânia Imagem: Jim WATSON / AFP

Do UOL, em Brasília

20/02/2022 13h36

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, demonstrou neste domingo (20) preocupação de que a continuidade dos exercícios militares da Rússia seja outro sinal de que o país está se preparando para invadir a Ucrânia. Em entrevista à rede de TV CNN, ele afirmou que o presidente dos EUA, Joe Biden, está disposto a conversar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "a qualquer momento, em qualquer formato", caso isso ajude a evitar a guerra.

Neste domingo, o ministro da Defesa de Belarus, Viktor Khrenin, anunciou a continuidade dos exercícios militares conjuntos com a Rússia, em meio ao aumento das tensões na região. Com isso, soldados russos permanecerão no país vizinho, que faz fronteira com o norte da Ucrânia, por mais tempo.

A previsão inicial era que os exercícios militares, iniciados em conjunto pela Rússia e por Belarus em 10 de fevereiro, terminassem neste domingo.

Na entrevista à CNN, Blinken afirmou que o governo Biden continuará a tomar todas as medidas para tentar convencer Moscou a não invadir a Ucrânia. Ao mesmo tempo, ele disse que tudo indica que a Ucrânia está próxima de ser invadida. "Tudo o que leva a uma invasão real parece estar ocorrendo", afirmou à TV.

Blinken pontuou ainda que os EUA acreditam que Putin já tomou sua decisão. "Mas até que os tanques estejam de fato rodando, e os aviões estejam voando, vamos utilizar toda oportunidade e todo minuto que temos para ver se a diplomacia ainda pode dissuadir o presidente Putin de levar isso adiante", acrescentou.

O secretário também reforçou que os EUA e seus aliados possuem um "pacote maciço" de sanções contra a Rússia, caso o país invada a Ucrânia.

Por trás das tensões entre os países está a desconfiança da Rússia em relação à aproximação da Ucrânia —que no passado foi dominada pelo império russo e pela União Soviética— dos países ocidentais.