UE condena uso de 'armamento pesado e bombardeios' no leste da Ucrânia
A União Europeia pediu que a Rússia diminua a escalada na Ucrânia através da retirada substancial das forças militares da proximidade das fronteiras do país. Um comunicado do alto representante da UE divulgado hoje também destacou o "aumento das violações do cessar-fogo" no leste da Ucrânia nos últimos dias.
"A UE condena o uso de armamento pesado e bombardeio indiscriminado de áreas civis, que constituem uma clara violação dos acordos de Minsk e do direito humanitário internacional", diz o texto.
O comunicado também elogiou a "postura de contenção da Ucrânia diante de contínuas provocações e esforços de desestabilização". A UE ainda declarou preocupação com "eventos encenados" que, para eles, poderiam ser usados como "pretexto para uma possível escalada militar".
A região foi cenário de novos bombardeios ontem, com direito a troca de acusações entre o Exército de Kiev e separatistas pró-Rússia, o que aumenta a tensão na região e, aos olhos dos países ocidentais, os riscos de uma invasão russa. O som das bombas era ouvido em Stanytsia Luganska, cidade ucraniana sob controle das forças do governo, perto da linha de frente.
Hoje, líderes rebeldes em Donetsk e Lugansk assinaram decretos de mobilização militar à medida que a crise se agrava. Os separatistas pró-Rússia de dois territórios no leste da Ucrânia - as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, em disputa entre russos e ucranianos - ordenaram mobilização militar total.
O comunicado da União Europeia diz, ainda, não ver fundamento para as alegações de um possível ataque ucraniano, provenientes dessas áreas não governamentais. Por isso, incentiva que a Rússia inicie um "diálogo e diplomacia significativos", além de "mostrar contenção e diminuir a escalada".
"Como afirmado anteriormente, qualquer nova agressão militar da Rússia contra a Ucrânia terá consequências enormes e custos severos em resposta, incluindo medidas restritivas coordenadas com parceiros", finaliza o comunicado, ressaltando também apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia.
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