Brasileiros deixarão Ucrânia quando condições forem seguras, diz ministro
Após operação militar realizada pela Rússia contra a Ucrânia, na noite de ontem, o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, afirmou hoje que o governo só vai retirar brasileiros do País quando as condições forem consideradas seguras.
Segundo o chanceler do governo Bolsonaro, há cerca de 500 brasileiros na Ucrânia neste momento —entre estudantes, jogadores de futebol, profissionais liberais.
Nós estamos elaborando um plano de contingência para a retirada desses cidadãos brasileiros. Esse plano de contingência, como é óbvio, não podemos soltar os detalhes ou anunciar com muita antecedência, mas ele envolve contatos com países vizinhos, como, por exemplo, Polônia, Romênia, e claro uma negociação intensa com as autoridades ucranianas que têm o controle do território. Carlos Alberto França, durante live nas redes sociais, ao lado do presidente Bolsonaro
"Nós só vamos retirar os brasileiros daquela região quando tivermos as condições ideais de segurança e que possamos garantir que o trajeto até um país vizinho ou até o Brasil ocorra de maneira segura e ordenada", completou.
A Rússia ignorou os apelos feitos pela comunidade internacional e resolveu atacar a Ucrânia, conforme anúncio feito por Putin, na noite de ontem, depois de quatro meses de tensão com o Ocidente.
As forças russas promoveram uma invasão à Ucrânia, com ataques aéreos e a entrada de militares por vias terrestres, inclusive na direção da capital Kiev, matando dezenas de pessoas nas primeiras horas, segundo as autoridades ucranianas.
Brasileiros pedem ajuda
Alguns jogadores brasileiros que atuam em clubes ucranianos gravaram vídeo e pediram ajuda ao governo para serem evacuados após a invasão russa. O vídeo foi gravado enquanto eles estavam confinados em um hotel em Kiev com suas famílias.
"Estamos todos reunidos aqui, jogadores do Dínamo e do Shakhtar, com nossas famílias. A gente está hospedado em um hotel devido a toda a situação. A gente está aqui pedindo ajuda de vocês na forma desse vídeo", explica no vídeo postado no Instagram o zagueiro Marlon, de 26 anos, um dos 12 jogadores brasileiros do Shakhtar Donetsk, clube que participa regularmente na Liga dos Campeões.
"A gente tá aqui pedindo ajuda pra vocês através desse vídeo devido à falta de combustível que existe na cidade, fronteira fechada, espaço aéreo fechado, não tem como a gente sair. A gente pede muito apoio ao governo do Brasil, que ele possa nos ajudar", acrescenta.
Inicialmente com sede em Donetsk, na região do Donbas, epicentro do conflito, o Shakhtar, 13 vezes campeão nacional nos últimos 20 anos, mudou-se para Kiev em 2014, logo no início dos confrontos entre as forças ucranianas e os separatistas pró-russos.
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