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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Lituânia declara estado de emergência após Rússia invadir Ucrânia

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

24/02/2022 11h10Atualizada em 24/02/2022 14h04

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, declarou estado de emergência nesta quinta-feira, dizendo ao Exército do país, que é membro da aliança militar ocidental Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), para se deslocar ao longo de suas fronteiras em resposta a "possíveis distúrbios e provocações devido a grandes forças militares concentradas na Rússia e em Belarus".

"Hoje, assinarei um decreto sobre a introdução do estado de emergência, que será aprovado pelo parlamento em sessão extraordinária", disse o presidente Gitanas Nauseda hoje, segundo o site da rede nacional de televisão e rádio da Lituânia.

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

O estado de emergência, declarado horas depois que as forças russas invadiram a Ucrânia, será válido por duas semanas, com início às 13h de hoje (horário local) até o dia 10 de março.

O Parlamento se reunirá ainda nesta quinta-feira para votar se confirma ou cancela a decisão do presidente Gitanas Nauseda.

Se aprovado, o decreto autoriza a utilização mais flexível da reserva estadual e reforça a proteção das fronteiras estaduais. Além disso, as autoridades locais poderão parar e verificar veículos, pessoas e bagagens na região da fronteira.

O texto ainda aponta que o ataque na Ucrânia dá condições favoráveis à Rússia e Bielorrússia, com destaque na área fronteiriça.

De acordo com o texto, a situação atual representa uma ameaça à segurança nacional e à ordem pública da Lituânia, o que exige "a imposição temporária de medidas de emergência".

Governada por Moscou no passado, mas agora parte da Otan e da União Europeia, a Lituânia faz fronteira com Belarus e com o enclave russo de Kaliningrado.

Rússia inicia guerra contra a Ucrânia

A Rússia iniciou na madrugada de hoje (no horário de Brasília) uma operação militar de invasão da Ucrânia. Após o início das mobilizações russas, houve registro de explosões e ataques a unidades de fronteiras ucranianas, além de movimentações de tanques. As ofensivas da Rússia fizeram as sirenes de emergência dispararem na Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky adotar lei marcial no país.

Segundo guardas de fronteira ucranianos, as forças russas entraram na região do norte de Kiev a partir de Belarus para executar um ataque com mísseis contra alvos militares. Também há relatos de voos de helicópteros não identificados nas proximidades da capital ucraniana. Pronunciamentos oficiais não foram divulgados sobre essa situação. No Twitter, o chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba, afirmou mais cedo que a "invasão é total", sem definir uma região específica.

Em comunicado divulgado horas após os ataques russos, o Kremlin declarou que a operação militar contra a Ucrânia durará o tempo que for necessário, dependendo de seus "resultados" e de sua "relevância", estimando que os russos apoiarão tal ofensiva.

O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, também disse a repórteres que Moscou pretende impor um "status neutro" à Ucrânia, sua desmilitarização e a eliminação dos "nazistas" que, segundo ele, estão no país.

Peskov ainda afirmou que a Rússia criou ferramentas de segurança suficientes para sobreviver à volatilidade do mercado e disse que a reação "emocional" do mercado financeiro à invasão russa da Ucrânia vai se nivelar.

Segundo o porta-voz, todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para garantir que a reação do mercado seja a mais breve possível. Nos últimos dias, vários países adotaram sanções contra a Rússia, entre eles os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e França.

*Com AFP e Reuters