Milhares de pessoas vão às ruas pelo mundo pedindo fim da guerra na Ucrânia
Milhares de pessoas tomaram as ruas de cidades nos Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Irlanda, Lituânia, Polônia, Hungria, Bulgária, Holanda, Japão e na própria Rússia nesta quinta-feira (24), para exigir que o presidente russo, Vladimir Putin, dê fim da guerra que desencadeou com a invasão à Ucrânia, que já deixou ao menos 137 mortos, segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A polícia russa deteve mais de 1.700 pessoas em 51 cidades por participarem de manifestações contra a guerra, segundo a ONG de direitos humanos OVD-info. A Rússia tem uma severa legislação de controle das manifestações, que costumam terminar com prisões em massa.
Além das prisões, a Rússia emitiu um comunicado proibindo os cidadãos russos de participarem de protestos contra a guerra à Ucrânia. Segundo a CNN, o alerta foi feito pelo Comitê de Investigação do país.
"Em conexão com a disseminação de pedidos de participação em tumultos e comícios relacionados à situação tensa da política externa", o comunicado do comitê alertou contra as "consequências legais negativas dessas ações, que incluem processos e até responsabilidade criminal".
Cartazes com a caricatura do presidente russo, Vladimir Putin, e do ditador nazista Adolf Hitler foram vistos em algumas das manifestações em vários países.
Em Nova York, cerca de 200 pessoas caminharam da Times Square até a sede das Nações Unidas, preocupadas com o destino de seus familiares na Ucrânia.
Em Berlim, em frente à embaixada russa, uma faixa pede: "Parem com essa loucura, salvem a vida, chega de mentiras". Muitos dos participantes são russos que residem na Alemanha.
Em Paris, centenas de pessoas se reuniram em frente à embaixada russa, entre elas candidatos nas eleições presidenciais de abril.
Em Varsóvia, capital da Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, um manifestante queimou uma bandeira russa em frente à embaixada de Moscou.
Em Praga, milhares se manifestaram na praça Wenceslas, onde exibiram cartazes com as imagens de Hitler e Putin e os anos 1938-2022, em referência ao ano da ocupação da Tchecoslováquia pela Alemanha nazista.
Em Madri, o ator Javier Bardem, vencedor do Oscar, esteve entre as cerca de 50 pessoas reunidas do lado de fora da embaixada russa. Ele disse a um canal local que a invasão é uma "atrocidade" e que "Putin está mais próximo do czarismo e do ultranacionalismo do que qualquer outra coisa". E completou: "Eu apoio os ucranianos diante dessa invasão."
Em Dublin, Haia e Amsterdã, centenas de pessoas também participaram de manifestações nesta quinta-feira em frente a representações russas. Houve, ainda, protestos em Beirute e Tóquio.
No Brasil, que tem quarta maior comunidade ucraniana no mundo, atos não foram observados.
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