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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Otan se preocupa que crise se espalhe para fora da Ucrânia, diz secretário

Do UOL, em São Paulo

25/02/2022 14h36Atualizada em 25/02/2022 17h55

Após nota publicada pela Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), o secretário-geral, Jens Stoltenberg, deu uma coletiva de imprensa e disse que a maior preocupação do bloco é que o ataque da Rússia "se espalhe para além da Ucrânia".

"É por isso que estamos enviando mais soldados, para garantir que a guerra que acontece na Ucrânia não se espalhe para outros países da Otan", afirmou.

Além dos inocentes, Stoltenberg falou que a invasão russa vai "contra a ordem de segurança da Europa". Os ataques do país de Vladimir Putin estão difundidos por toda a Ucrânia.

Na nota da Otan, pouco foi dito diretamente sobre como a organização auxiliará os ucranianos. Um dos motivos que fez estourar a tensão entre Rússia e Ucrânia foi a tentativa ucraniana de se integrar ao bloco.

O pronunciamento da organização ocorre menos de um dia depois de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, ter dito que seu país foi abandonado. "Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo", lamentou.

Na coletiva de imprensa, o secretário-geral expressou "nosso apoio à Ucrânia", que está sob "uma invasão plena: por terra, ar e mar".

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Reforço dos aliados

A Otan afirmou que tomará todas as medidas necessárias para assegurar a segurança dos países aliados, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

Estados Unidos, Canadá e países europeus aliados movimentaram a região da aliança. Temos mais de 100 jets operando em mais de 30 localidades diferentes e mais de 120 navios da região norte ao Mediterrâneo, incluindo três grupos de ataque. Não deve haver espaço para erros de cálculo ou compreensões equivocadas
Jens Stoltenberg

"Temos destacado forças defensivas terrestres e aéreas na parte oriental da aliança, além de recursos marítimos em toda a área da Otan", disse o comunicado.

Para o grupo internacional, a Rússia "tem total responsabilidade pelo conflito", especialmente por ter "rejeitado o caminho da diplomacia oferecido repetidamente pela Otan e por seus aliados".

A decisão do presidente [Vladimi] Putin de atacar a Ucrânia é um terrível erro estratégico. A Rússia pagará um preço severo, tanto economicamente quanto politicamente, pelos anos que virão
Comunicado da Otan, publicado nesta sexta-feira (25)

Na nota, a Otan ainda acusou a Rússia de romper com a Carta das Nações Unidas, um tratado de 1945 assinado por 50 países que se comprometeram com a busca por paz, direitos humanos e igualdade. A então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, e atual Rússia, é signatária da Carta.

Apesar de outras ameaças russas contra novos possíveis membros da Otan, a Filândia e a Suécia foram convidadas e participaram da reunião de hoje.

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Ataques na Ucrânia

No segundo dia da invasão russa à Ucrânia, novos relatos de ataques pelo país foram registrados. O governo ucraniano tem reforçado o pedido por diálogo para colocar fim à violência na região. Ao mesmo tempo, países têm aplicado sanções à Rússia, que responde.

Ontem (24), a Rússia entrou em território ucraniano e atacou instalações militares por todo o país, mas também atingindo civis e causando mortes, em uma ação que tem chamado a atenção da comunidade internacional.

Um prédio em Kiev, capital da Ucrânia, foi atingido por um foguete, deixando pessoas feridas. Pela madrugada e início da manhã desta sexta, houve relatos de explosões pela cidade. Tropas russas já entraram na capital ucraniana. Um caça da Ucrânia foi abatido por forças russas em Kiev.

O presidente ucraniano disse que áreas residenciais de Kiev são alvo de bombardeios. Ele ainda fez uma comparação com o nazismo. "Esta noite começaram a bombardear bairros civis. Isto nos recorda a ofensiva nazista de 1941".

Testemunhas disseram que explosões estrondosas podiam ser ouvidas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, e sirenes de ataque aéreo soaram sobre Lviv, no oeste.

Autoridades ucranianas relataram fortes combates na cidade de Sumy, no leste do país.