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Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


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Rússia x Ucrânia: homem se protege atrás de tanque; veja vídeos da guerra

Do UOL, em São Paulo

25/02/2022 14h24Atualizada em 25/02/2022 15h35

Explosões em Kiev marcaram o início do segundo dia de invasão russa na Ucrânia. Na madrugada, um foguete disparado pela Rússia atingiu um prédio na capital, deixando três feridos. Repórteres da CNN também relataram ter escutado duas explosões no centro de Kiev. O clima de tensão não diminuiu com o amanhecer.

Durante a tarde, por volta das 13h50 (horário local), militares da Rússia entraram em Kiev e fecharam o acesso oeste para a cidade. O governo russo também diz ter bloqueado as entradas da cidade de Chernihiv, localizada no norte da Ucrânia.

Um aeródromo estratégico de Gostomel, nos arredores da capital Kiev, e a usina nuclear de Chernobyl também estão sob controle da Rússia. Mais de uma centena de pessoas morreram desde o início do conflito, inclusive crianças.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que as tropas da Rússia intensificaram os ataques. Veja:

Ucrânia distribui 18 mil armas entre civis

Para ampliar a defesa contra as tropas russas, a Ucrânia incentivou civis a apoiarem o Exército. Nas redes sociais, as Forças Armadas divulgaram uma convocação para lutarem na guerra contra a Rússia.

Quem estiver pronto para manter as armas, junte-se às fileiras das Forças Armadas da Ucrânia. Tudo o que precisa é de um passaporte. Apenas um passaporte. Damos as armas a todos os patriotas que estão prontos para usá-las contra o inimigo sem hesitação! Mantendo a calma!
Ministro da Defesa, Oleksii Reznikov

Em Kiev, foram distribuídas 18 mil submetralhadoras e munições entre ontem e hoje, informou o governo.

A Ucrânia também proibiu a saída de homens de 18 a 60 anos do país, devido à imposição da lei marcial, que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.

Destruição em Kiev após ataques; moradores buscam abrigo em metrô

Vídeos mostram a destruição em Kiev após ataques russos. A Ucrânia acusa a Rússia de atacar infraestruturas civis, mas o Kremlin nega.

Um brasileiro narrou os momentos de pânico que viveu na madrugada de hoje em Kiev após um bombardeio perto de seu prédio. Ele e os moradores do edifício se esconderam em um bunker.

Desde ontem, uma parte da população busca refúgio em estações do metrô para se proteger de possíveis ataques aéreos —a Ucrânia tem a estação de metrô mais profunda do mundo, construída a 105,5 metros abaixo da superfície em novembro de 1960.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou ontem que quatro estações de metrô seriam desativadas para serem usadas como abrigos.

Milhares de ucranianos decidiram fugir do país após o início da invasão russa. A ACNUR (agência de refugiados da ONU - Organizações Nações Unidas) estima que mais de 100 mil pessoas se deslocaram ontem dentro da Ucrânia, "fugindo da violência por segurança".

Segundo cálculos da União Europeia, mais de um milhão de pessoas podem chegar a outras nações nos próximos dias. Polônia, Romênia e Hungria já anunciaram planos para receber os ucranianos de maneira emergencial.