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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Putin reaparece e volta a chamar guerra com Ucrânia de 'operação especial'

Do UOL, em São Paulo

27/02/2022 08h24Atualizada em 27/02/2022 09h10

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um breve pronunciamento em rede nacional de televisão na manhã de hoje e voltou a chamar a guerra contra a Ucrânia de "operação especial".

Essa foi a primeira vez que o líder russo aparecer publicamente desde a última sexta-feira (25), quando fez outro discurso na TV incentivando o exército ucraniano a assumir o poder na capital Kiev e derrubar o governo de Zelensky.

"Presto homenagem especial àqueles que cumprem heroicamente seu dever militar durante a operação especial para prestar assistência à república popular de Donbass [na Ucrânia] nestes dias", disse Putin no pronunciamento de hoje, conforme noticiou a agência de notícias Interfax.

Donbass é a região onde ficam localizados os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, que foram reconhecidos como independentes por Putin. Esse reconhecimento foi o estopim para o início do conflito com a Ucrânia.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Rússia impediu uso dos termos 'guerra' e 'invasão'

O órgão de controle das comunicações da Rússia ordenou ontem aos veículos da imprensa que suprimam de seu conteúdo qualquer referência a civis mortos no conflito na Ucrânia e proibiu os termos "invasão", "ofensiva", ou "declaração de guerra".

"Destacamos que apenas fontes oficiais russas dispõem de informação atualizada e confiável", afirmou a agência reguladora do setor, a Roskomnadzor, em um comunicado, no momento em que Moscou descreve a intervenção na Ucrânia como uma "operação especial" destinada a "manter a paz".

Essa diretriz foi dirigida a uma série de meios de comunicação, a maioria crítica ao governo russo, como o jornal Novaya Gazeta, a rede online Dojd, ou o portal Mediazona, que foram classificados em seu país como "agentes estrangeiros".

De acordo com o regulador, esses veículos são culpados de divulgar informações falsas de que "as Forças Armadas russas estão atirando contra as cidades ucranianas".