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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia atacou casas, jardins de infância e ambulâncias, diz Zelensky

Do UOL, em São Paulo

27/02/2022 06h28Atualizada em 27/02/2022 08h42

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, fez um novo pronunciamento hoje e voltou a acusar a Rússia de bombardear áreas residenciais em meio às tentativas de tomar o controle de novas cidades. Em um vídeo publicado no Facebook, ele disse que a noite anterior foi "brutal" para a Ucrânia e que a ofensiva russa já atingiu jardins de infância e ambulâncias.

"Hoje, não há uma única coisa no país que os ocupantes não considerem um alvo aceitável. Eles lutam contra todos. Eles lutam contra todos os seres vivos", completou. A Rússia nega os ataques a casas e diz que mira apenas em estruturas militares.

Segundo Zelensky, a forças russas estão "disparando foguetes e mísseis em distritos inteiros da cidade nos quais não há e nunca houve nenhuma infraestrutura militar".

"Vasylkiv, Kiev, Chernigiv, Sumy, Kharkiv e muitas outras cidades na Ucrânia estão vivendo em condições que foram experimentadas pela última vez em nossas terras durante a Segunda Guerra Mundial", disse.

Apesar dos ataques, o presidente disse que "lutaremos o tempo que for necessário para libertar o país". "Temos que chamar os bois pelos nomes. As ações criminosas da Rússia contra a Ucrânia mostram sinais de genocídio. Falei sobre isso com o secretário-geral da ONU", disse ele, argumentando que a Rússia deveria ser destituída de seus direitos de voto no Conselho de Segurança da ONU.

Em uma publicação no Twitter, Zelensky escreveu que entrou com ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. "A Rússia deve ser responsabilizada por manipular a noção de genocídio para justificar a agressão", afirmou.

Na manhã de ontem, um prédio residencial no centro de Kiev, capital da Ucrânia, foi atingido por um míssil e um menino de 6 anos morreu em outra explosão.

Quarto dia de guerra começou com ataques a Kharkiv

O quarto dia da guerra entre a Rússia e a Ucrânia começou com a escalada de tensão em Kharkiv, localizada a cerca de 480 quilômetros de Kiev e a segunda maior do país.

Durante a madrugada, um gasoduto também pegou fogo na cidade após um ataque russo. De acordo com fontes oficiais do governo da Ucrânia, o incêndio não se trata de um ataque nuclear. As explosões formaram um cogumelo de fumaça semelhante a esse tipo de ofensiva.

Em Vasylkiv, cidade localizada a cerca de 40 quilômetros ao sul de Kiev, autoridades ucranianas confirmaram que houve explosões na região que atingiram uma refinaria de petróleo durante a madrugada (horário local). Com os novos bombardeios, o céu de Vasylkiv foi iluminado por chamas e uma coluna de fumaça pôde ser observada na região.

Segundo a agência estatal RIA Novosti, citando o Ministério da Defesa da Rússia, as tropas russas "bloquearam completamente" as cidades de Kherson e Berdyansk.

Kiev, por sua vez, segue sob o controle da Ucrânia. Houve registro de explosões nas últimas horas, mas, apesar das investidas de Moscou para tomar a capital, o vice-presidente da Administração estatal da cidade, Mykola Povoroznyk, garantiu que a situação no local é "de calmaria e de controle". Ele ressaltou, no entanto, que houve confrontos "com grupos sabotadores".