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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Sanções econômicas contra Rússia não são suficientes, diz professora

Colaboração para o UOL

28/02/2022 12h49Atualizada em 28/02/2022 13h09

Na avaliação da professora de Relações Internacionais Sabrina Medeiros, as sanções econômicas impostas contra Rússia em meio à guerra contra a Ucrânia não são suficientes. Segundo a especialista, são medidas que só trarão resultado a longo prazo.

"As sanções me parecem ser não só desproporcionais, porque acarreta resultado a longo prazo, como não atingem o centro nevrálgico das operações", disse, em entrevista ao UOL News hoje.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou as sanções aplicadas ao país e chamou o conjunto de medidas tomadas pelo Ocidente de "império de mentiras". O comentário foi feito durante reunião com sua equipe econômica, informou a agência estatal russa RIA Novosti.

"Eu convidei vocês para falar sobre assuntos relacionados a economia e finanças. Mikhail Vladimirovich [primeiro-ministro da Rússia] e eu já discutimos esse assunto. É claro que essas sanções da agora chamada comunidade ocidental são um império de mentiras", disse Putin.

Negociação para cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia

Começou hoje, por volta das 8h (horário de Brasília), uma reunião entre delegações da Ucrânia e da Rússia em Belarus para tratar sobre o conflito na região. Nenhum dos dois presidentes envolvidos na guerra participam do encontro, que não tem hora para acabar. Antes da reunião, a Ucrânia informou que exigirá um cessar-fogo "imediato" e a retirada das tropas russas; a Rússia não quis revelar sua posição.

Hoje, a invasão russa à Ucrânia entrou no quinto dia. A capital, Kiev, e a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, amanheceram com explosões, segundo relatório do serviço estatal de informação do país. As Forças Armadas ucranianas, porém, dizem que o Exército russo parece ter diminuído o ritmo da ofensiva, quando são aguardadas negociações entre as duas nações.

Para a professora Sabrina Medeiros, a negociação demorou, mas veio em boa hora.

"Acho que essa é uma iniciativa que poderia ter acontecido antes, mas vem em boa hora. Tendo a Rússia nomeado suas operações como 'especiais', há sempre que elas duram cerca de uma semana. Algumas condicionantes e ganhos esperados para uma operação militar desse tipo me parecem que já estão consolidados do ponto de vista da Rússia, e naturalmente há um grande impacto na ocupação civil, que faz com que a gente queira que o mais rápido possível uma solução desse tipo. É uma solução que deve ter vários encaminhamentos, mas deve começar pelo cessar-fogo."

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia no UOL News com Diego Sarza: