Empresas estão saindo do país por 'pressão política', diz premiê da Rússia
O primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, disse hoje (1º) que a saída das empresas do país após o início das sanções aplicadas pela comunidade internacional está ocorrendo por "pressão política", e não por razões econômicas, informaram as agências de notícias estatais russas TASS e RIA Novosti.
"Para permitir que as empresas tomem decisões informadas, um projeto de decreto presidencial foi preparado para introduzir restrições temporárias à saída de ativos russos", disse ele. "Esperamos que aqueles que investiram em nosso país possam continuar trabalhando aqui", completou.
Segundo o premiê russo, as pressões contra o país vão diminuir e "aqueles que não restringirem seus projetos em nosso país, sucumbindo aos slogans de políticos estrangeiros, vencerão". Mishustin disse que haverá reuniões diárias para tentar lidar com o impacto econômico das sanções.
"É importante monitorar a situação atual em tempo real e elaborar prontamente todas as medidas necessárias", disse o primeiro-ministro.
O reflexo das sanções aplicadas contra a Rússia começaram a aparecer ontem, com o Banco Central da Rússia a dobrando a taxa básica de juros de 9,5% para 20%. Segundo comunicado do BC, a elevação dos juros garantirá uma alta nas taxas de depósito "para níveis necessários a fim de compensar a maior depreciação do rublo e os riscos de inflação".
A queda da moeda russa em 30% também levou o BC a suspender as operações da Bolsa de Moscou nesta segunda-feira (28).
Hoje, a fábrica da Hyundai na cidade russa de São Petersburgo, a segunda maior após Moscou, anunciou que vai interromper a produção de automóveis devido à falta de fornecimento de materiais para a montagem dos carros. Segundo a agência estatal da Rússia RIA Novosti, a empresa planeja retomar a produção da unidade no dia 9 de março.
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