Cidade na Ucrânia diz que fez acordo com russos contra 'provocações mútuas'
Autoridades da pequena cidade ucraniana de Konotop, no nordeste do país, dizem ter fechado um acordo com militares russos para não haver "provocações mútuas" depois que um grupo de moradores cercou tropas que ameaçavam atacar a cidade. A Rússia não confirma o pacto.
Vídeos publicados em redes sociais mostram um grupo russo sendo confrontado por uma multidão na cidade. Um dos militares levanta os braços ao retornar para seu carro enquanto é cercado por ucranianos.
Segundo a CNN americana, os invasores foram negociar com as autoridades da cidade. Os militares teriam pedido rendição sob pena de atacar Konotop.
Após o ultimato, o prefeito da cidade, Artem Semenikhin, teria desafiado os russos. Em um vídeo, ele se dirige a compatriotas perguntando:
Eles estão me dando estes termos agora: se começarmos a resistir, eles vão bombardear a cidade com artilharia. Se a maioria de vocês votar a favor, nós vamos revidar. Quem vota para revidar?"
Artem Semenikhin, prefeito de Konotop
Após um grito de aprovação, alguns sugeriram que mulheres e crianças deixassem a cidade. O prefeito, então, diz que a decisão de enfrentar o inimigo "tem de ser tomada por todos, porque a artilharia está voltada para nós".
Pouco depois, o chefe da administração militar da região de Sumy, Dmytro Zhyvytsky, afirmou que um acordo foi fechado com os russos após novas tratativas.
"Há um acordo de que não atiraremos e não haverá provocações mútuas. Eles permanecem em suas posições. Passagem desobstruída de transporte público e serviços, ambulâncias, veículos com alimentos, bens humanitários serão fornecidos", afirmou Zhyvytsky.
Por parte da Rússia, não houve qualquer manifestação sobre o tal acordo.
Em toda a Ucrânia, há diversos casos de resistência ao avanço russo, com civis bloqueando estradas, ficando na frente de tanques e confrontando soldados inimigos.
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