Ucranianos buscam segurança em estações de metrô de Kiev e Kharkiv
Nas duas maiores cidades da Ucrânia, a capital Kiev e Kharkir, cidadãos se refugiam em estações de metrô há dias com medo dos ataques, especialmente os aéreos, da Rússia. Pelas fotos e vídeos, é possível perceber que não há distinção de quem precisa se abrigar nos túneis subterrâneos: são mulheres, homens, crianças, jovens, adultos e idosos. Gatos e cachorros pequenos também arranjam lugar nas plataformas cheias.
Em Kiev, alvo de ataques desde a madrugada de sexta-feira, há cerca de 15 mil pessoas abrigadas em uma estação de metrô, segundo o prefeito e reportado pelo The New York Times.
Fotos da CNN dos Estados Unidos e postadas em redes sociais demonstram um pouco da vida ao lado dos trilhos, com crianças lendo, animais dormindo e pessoas aflitas esperando os próximos ataques da Rússia ou uma possível negociação de cessar-fogo.
Elas se revezam em camas improvisadas, muitas vezes feitas apenas de lençóis. Jaquetas dobradas e almofadas substituem os travesseiros na hora de descansar.
Já em Kharkiv, os trilhos do transporte público viraram uma forma mais segura de se locomover pela cidade, que também é um dos grandes alvos de ataques russos.
Em um vídeo publicado por um repórter do Washington Post, "centenas" de moradores de Kharkiv lotam uma plataforma e alguns se acomodam até dentro dos vagões parados. Alguns mexem no celular, enquanto outros formam grupos para conversar.
Nas imagens, há quem use máscara de proteção facial contra a covid-19 e outros que aparentemente abandonaram a medida de proteção nesses tempos ainda mais incertos.
O abrigo das plataformas de metrô protegeu hoje os moradores de Kiev de uma uma forte explosão provocada por ataque aéreo foi ouvida perto da estação ferroviária, segundo o Ministério do Interior. O prédio resistiu, com pequenos danos.
De acordo com o ministério, a explosão pode deixar a cidade sem aquecimento por ter atingido uma grande tubulação de aquecimento nas proximidades.
Kharkiv também recebeu ataques. Entre os alvos, estava a Câmara Municipal e a sede da polícia. De acordo com o governador Oleg Synegubov, ao menos 25 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após os bombardeios.
Mais de 800 mil refugiados
Mais de 800 mil pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão, segundo o Acnur (Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados). Ao menos 836 mil buscaram proteção em países vizinhos, a maioria na Polônia — cerca de 454 mil.
Em seguida, aparece a Hungria como principal destino, com 116 mil migrantes. A Eslováquia recebeu 67 mil, e a Rússia, envolvida no conflito, 42,9 mil.
Ontem, a ONU calculava o número de refugiados vindos da Ucrânia em 677 mil — ou seja: houve uma alta de 160 mil pessoas em apenas um dia.
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